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Diante polêmica, Florianópolis defende campanha contra doações de esmolas

Da Coluna de Fabio Gadotti (ND, 28/11/2021)

A Prefeitura de Florianópolis defendeu, neste domingo (27), a campanha para desestimular a doação de esmolas a pessoas em situação de rua, criticada pelo padre Júlio Lancellotti na internet.

O religioso, conhecido pelo envolvimento em projetos sociais na capital paulista, caracteriza a iniciativa como “aporofobia”, palavra pouco conhecida que significa repúdio, aversão ou desprezo pelos pobres.

Por meio de nota, o município disse que “a doação de esmolas mantém as pessoas por mais tempo na rua, podendo alimentar os vícios em substâncias tóxicas, dificultando o desenvolvimento social, e estimulando a mendicância”.

O texto da Secretaria da Assistência Social diz que um “grande desafio é fazer com que a sociedade entenda que a esmola atrapalha, perpetuando a situação do cidadão que utiliza as ruas como moradia ou sobrevivência” e que o desestímulo a esse tipo de doações “auxilia na promoção da cidadania, na autonomia do indivíduo e na busca de conscientização da população sobre sua responsabilidade”.

A secretaria ressaltou ainda que a proposta das campanhas é mostrar “outras possibilidades de exercício de sua solidariedade” em relação ao próximo e que “a esmola torna mais difícil para as equipes convencerem os cidadãos dos aspectos negativos da rua”.

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1 Comentário

  1. O incomoda nos pobres é que eles, nas ruas, nas periferias, em sua existência precária, lembram à sociedade que foram abandonados por elas. São a face do modelo de desenvolvimento excludente, que concentra rendas e reproduz privilégios. E isso nada tem de natural, é produto das políticas públicas, das decisões conscientes dos que detêm poder decisório. Esta campanha nada mais é do que: “não permitam que eles sobrevivam, precisamos eliminá-los”. Uma propaganda sobre não ser solidário, não se importar com o próximo porque, afinal, este próximo nada tem a ver comigo. Obviamente seus autores irão dizer que há boas intenções humanitárias, mas sabemos que atuam para defender seus próprios interesses classistas, preconceituosos e desumanos.

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