Sapiens Parque abre espaço para novos investidores com conceito de distrito de inovação
07/10/2021
O mar menos navegado
07/10/2021

Oferta de imóveis novos cai 40% em Florianópolis e estoque baixo preocupa

Da Coluna de Estela Benetti (NSC, 06/10/2021)

O setor da construção civil enfrenta dificuldades para investir na Ilha de Santa Catarina há anos. Mas uma pesquisa contratada pelo Sinduscon da Grande Florianópolis apurou que o problema se acentuou no primeiro semestre de 2021 em função da pandemia e se pode afirmar que a capital enfrenta baixo estoque de imóveis novos para venda. O Levantamento feito pela empresa Brain Inteligência de Mercado apurou que até junho foram lançados na Capital 22 empreendimentos verticais e horizontais residenciais, 40,54% a menos do que no mesmo período de 2020, quando foram 37 empreendimentos.

Por enquanto existe oferta, mas é considerada insuficiente para manter o tamanho do estoque de imóveis à venda. No segundo trimestre deste ano ele ficou em 1.903 unidades, 1,7% menor do que no trimestre anterior. No primeiro trimestre deste ano, foram lançados em Florianópolis apenas oito empreendimentos e, no segundo trimestre, 14. No mesmo período de 2020, foram 19 no primeiro trimestre e 18 no segundo.

A soma de unidades habitacionais no segundo trimestre deste ano ficou em 1.248 unidades, mas foram comercializadas 1.482, o que significa 234 unidades a mais comercializadas. Esse número mostra o recuo do estoque, indicando que pode piorar.

– O problema de Florianópolis não surgiu agora. São vários fatores. Desde 2014 o plano diretor vai e volta e ninguém sabe o que seguir. O valor do IPTU também sobe e depois é reduzido. A cidade vive uma insegurança jurídica, mas empreendimentos imobiliários requerem planejamento, licenças e a obra. Se for um grande projeto demora de dois a três anos para ser concluído. Não podemos ter mudança de lei no meio desse período. Isso afeta a empresa e o comprador de imóvel. As construções pequenas também são prejudicadas. Houve uma queda de lançamento de empreendimentos de um modo geral – explica a economista do Sinduscon, Ludmilla Nascimento Custódio.

Além da insegurança jurídica e do aquecimento de vendas em função da pandemia, o setor enfrenta um choque inflacionário. Segundo a economista, em média, o custo de materiais de construção subiu 40% em média. Alguns itens ficaram até mais caros. Mas, por enquanto, nem tudo foi transferido aos preços. Outra pesquisa da Brain apurou que o preço médio do metro quadrado em Florianópolis está em R$ 10.540, pouco mais de 20% acima da média do custo nos municípios da área Leste de Santa Catarina, R$ 8.768.

Em função do alto custo de imóveis e dos entraves burocráticos, Florianópolis também tem um número muito pequeno de unidades com preços mais acessíveis, do programa Casa Verde e Amarela, o antigo minha casa minha vida. Pessoas de faixas de renda mais baixas também desejam morar na cidade e uma parte, por falta de opção, acaba fazendo construções irregulares.

O Sinduscon Grande Florianópolis está em contato com autoridades e, junto com outras entidades, propõe soluções para esses problemas de insegurança jurídica, informa o presidente Marco Aurélio Alberton.

mm
Monitoramento de Mídia
A FloripAmanhã realiza um monitoramento de mídia para seleção e republicação de notícias relacionadas com o foco da Associação. No jornalismo esta atividade é chamada de "Clipping". As notícias veiculadas em nossa seção Clipping não necessariamente refletem a posição da FloripAmanhã e são de responsabilidade dos veículos e assessorias de imprensa citados como fonte. O objetivo da Associação é promover o debate e o conhecimento sobre temas como planejamento urbano, meio ambiente, economia criativa, entre outros.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *