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Entenda por que o Mercado Público de Florianópolis pode ser interditado

O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) recomendou a interdição de lojas, restaurantes e do vão central do Mercado Público de Florianópolis por falta de segurança nesta terça-feira (14). A instituição deu um prazo máximo de 48 horas para o Município acatar o pedido. Saiba mais:

Uma vistoria feita nesta segunda-feira (13) apontou riscos à segurança física de comerciantes, funcionários e frequentadores do local, segundo o MPSC. A inspeção contou com a participação do CREA-SC (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina), da Associação de Comerciantes do Mercado Público, da Secretaria Municipal de Turismo, da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Florianópolis e dos Bombeiros.

Conforme o tenente do Corpo de Bombeiros Marcos de Aguiar Imbrósio, em 13 de setembro de 2020, foi encaminhado um ofício ao MPSC informando sobre os problemas, exatamente um ano antes da vistoria desta segunda-feira.

“Problemas que já existiam no ano passado se agravaram. As bombas que pressurizavam a rede dos hidrantes de parede, bem como dos chuveiros automáticos, se tornaram inoperantes. Além disso, o sistema de alarme e detecção de incêndio não foi sanado o problema. E surgiu uma outra situação, que é o sistema de iluminação de emergência, que é considerado um sistema vital, também está parcialmente ineficiente e é esse sistema que precisa ser corrigido de urgência para que a gente possa liberar o atestado de funcionamento”, explicou Imbrósio.

Esses problemas dificultam a detecção de focos de incêndio, assim como o combate às chamas: “Eu vou ter apenas os extintores para esse combate. Se se alastrar esse foco, eu vou ter um incêndio que pode ser, como a gente já viu no histórico aqui do Marcado Público, de grandes proporções”, disse o bombeiro. Apesar dessas questões, Imbrósio reforçou que não há um risco iminente de incêndio no local, mas que ainda assim há um risco e ele está acentuado no momento.

Problemas na infraestrutura
Além dos problemas de segurança que não foram resolvidos, também foram detectadas questões de infraestrutura. Em partes do prédio, o reboco caiu. Segundo o conselheiro do CREA-SC Estevão Roberto Ribeiro, isso demonstra “falta de manutenção” no prédio e “torna-se perigoso porque pode cair na cabeça de um usuário”.

“Nós temos uma parte muito sensível, que são as calhas lá em cima. Isso pode trazer um problema muito maior, inclusive colocando água na tubulação elétrica. Isso é muito perigoso. As intervenções [de segurança e estruturais] são relativamente fáceis de serem feitas. Não dá para entender porque tanto tempo. Mesmo porque se tratando de uma parte que é emergencial, poderia ser feito sem licitação”, criticou Ribeiro.

O conselheiro do CREA-SC também destacou a necessidade de manutenção do teto retrátil do vão do Mercado Público, que precisa ser feita por uma firma especializada nesse tipo de equipamento.

(Balanço Geral, 15/09/2021)

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