Floripa Sustentável questiona por que a universidade ainda não retomou o ensino presencial em Santa Catarina

O movimento Floripa Sustentável, que representa 44 entidades da sociedade civil, voltou a cobrar da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) – por meio de um manifesto público – mais ação no sentido de um retorno mais rápido e seguro às atividades, inclusive no Colégio de Aplicação e no NDI (Núcleo de Desenvolvimento Infantil).

De acordo com o manifesto, publicado na edição de ontem do ND, as críticas foram apresentadas, inclusive, ao reitor
da UFSC, Ubaldo Cesar Balthazar. “De lá para cá, os avanços foram absolutamente insuficientes, diante da realidade
e das demandas da sociedade, dos estudantes e de suas famílias”, diz o documento.

Segundo o Floripa Sustentável, tornou-se inaceitável a lentidão nas decisões, em um quadro de ampla vacinação,
maior controle da Covid-19 e possibilidade de medidas sanitárias eficazes para garantir aulas presenciais seguras.
“Como explicar, por exemplo, que o Instituto Federal de SC tenha 30% da comunidade acadêmica em aulas presenciais desde o dia 2 de agosto e a UFSC não? Como explicar que este tempo todo não foi suficiente para a preparação adequada ao retorno das atividades presenciais ainda este ano?”, questiona.

O movimento não questionou a qualidade da UFSC e de seus professores, porém diz que a capacidade técnica da universidade, evidentemente, ficou prejudicada no ensino remoto. “Nosso apelo é dirigido à sensibilidade dos professores, servidores e reitoria, para que ouçam a sociedade, o Ministério Público e, de forma muito especial, as famílias, no caso do Colégio de Aplicação e do NDI. É um absurdo que muitas delas tenham sido obrigadas a
retirar seus filhos e filhas para escolas particulares e outras da rede pública, que estão com aulas presenciais, demonstrado na prática o quanto a postura da UFSC está descolada da realidade”, afirmou.

(ND, 25/08/2021)