Florianópolis deveria pedir reintegração de posse à União

Da Coluna de Cacau Menezes (ND, 30/06/2021)

Vocês se lembram que uns dias atrás Cacau  publicou  uma nota com o título “Agora vai!”, afirmando que a Prefeitura ia começar em uma semana a terraplenagem para as obras de construção da Praça do Forte São Luís, na esquina da Mauro Ramos com Bocaiúva, na frente do Beira mar shopping?  Pois é: agora não vai, por conta dos mesmos protagonistas de sempre do filme “A Cidade do Não Pode”,  Tão logo saiu a notícia, o MPF entrou com uma ação civil pública alegando que a Prefeitura, a Advocacia Geral da União (AGU) e o Iphan “não tinham tomado todas as medidas técnicas indispensáveis para tornar efetivos a salvaguarda e o estudo aprofundado do sítio arqueológico existente no terreno”. Horas depois, a Justiça Federal deferiu o pedido e parou tudo de novo  –  ou seja, uma novela que se arrasta há décadas, para a vergonha de Floripa, num de seus pontos mais nobres, não terminou.

Serviço Secreto do Cacau foi investigar se realmente não tinha sido feito o tal “estudo aprofundado” e descobriu o seguinte: as escavações não identificaram qualquer relação ou indício de estruturas com fortificações defensivas históricas, que seriam do Forte São Luís. Mesmo assim, o Iphan condicionou o início da obra à contratação de um arqueólogo, para preservar possíveis achados na área. O profissional foi contratado em maio, mas não foi levado á sério.
Repito aqui a frase do Sérgio da Costa Ramos que citei no final da outranota: “Florianópolis deveria pedir reintegração de posse à União”.