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Blitz busca coibir ação de catadores de recicláveis clandestinos no Centro de Florianópolis

Blitz próxima ao Mercado Público (Divulgação PMF)

Todas as tardes as ruas do Centro de Florianópolis são invadidas por caminhonetes e pequenos caminhões que disputam, principalmente, o material reciclável separado pelo comércio e condomínios.

O ‘lixo’ é colocado nas calçadas dos edifícios e lojas, no final do dia, em grandes sacos plásticos, para recolhimento da Comcap.

Esses veículos ilegais, geralmente em péssimo estado de conservação, carregam o material para posterior separação e venda dos objetos mais valiosos, como latinhas e papelão.

A maioria dos depósitos está localizada em São José e Palhoça e não tem alvará de funcionamento.

Por que proibir?
Proibir a ação destes trabalhadores seria condenável, caso não fossem levados em consideração dois fatos relevantes.

Primeiro, o material recolhido pela Comcap é destinado integralmente para a Associação de Coletores de Materiais Recicláveis, composta por 200 famílias, que sobrevivem da doação de recicláveis da coleta pública.

O galpão do projeto está instalado no terreno da Comcap, no Bairro Itacorubi.

Outro aspecto relevante: enquanto na Associação, TODO o material reciclável é reaproveitado, os catadores clandestinos priorizam os produtos mais valiosos (como metais e papelão) e descartam o restante.

“O vidro não vale a pena vender, porque pagam muito pouco”, disse, à reportagem do Floripa Centro, um dos trabalhadores que circula pelo Centro.

Fiscalização próxima às pontes
Por isso, nesta quarta-feira, 14, a Prefeitura realizou uma blitz abordando os veículos com carga clandestina, principalmente, nas vias próximas à saída da Ilha e, também, no Continente. “Mas, o que não comercializamos a gente coloca em sacos, na calçada, e a companhia de lixo leva”, explicou, tentando justificar o procedimento. Só que essa sobra destes depósitos ilegais vai para o lixo comum!

A ação pretende resguardar a política municipal de inclusão dos triadores, na rede da reciclagem, conforme preconiza a Política Nacional de Resíduos Sólidos e o termo de ajustamento de conduta assinado com o Ministério Público de Santa Catarina, em 2008.

Na época, os catadores que separavam recicláveis na cabeceira insular da Ponte Pedro Ivo, concordaram em deixar de percorrer o Centro com carrinhos e organizaram-se no galpão cedido pela Comcap, no Itacorubi.

Hoje, além da Associação de Coletores de Materiais Recicláveis, há mais seis associações e cooperativas instaladas em Florianópolis. São 370 pessoas e 200 famílias que vivem desse material.

Ação dos clandestinos empobrece legalizados
Com a ação de clandestinos durante a pandemia, a renda dessas famílias teve uma redução de até 70%.

“Vamos abordar para saber de onde vem essas pessoas, quais as condições de segurança do trabalho e dos veículos, e para orientá-los que a Prefeitura de Florianópolis tem o compromisso de proteger os catadores organizados, que trabalham em galpões licenciados, inclusive para evitar que também eles voltem a trabalhar nas ruas”, informa o secretário municipal de Meio Ambiente, Fábio Braga.

Segundo ele, Florianópolis é modelo nacional por ter coleta seletiva pública que abastece as associações e cooperativas.

Essa parceria evita que os catadores se exponham a riscos de trânsito e reduz a formação de lixões irregulares onde são descartados os rejeitos da coleta clandestina.

(Portal Floripa Centro, 15/07/2021)

mm
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