Um projeto de pesquisa desenvolvido pelo Museu de Arqueologia e Etnologia (MArquE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está esquadrinhando o acervo arqueológico da Fortaleza de São José de Ponta Grossa, localizada entre as praias do Forte e de Jurerê, no Norte da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis. O trabalho tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu) e é viabilizado por recursos do prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura de 2019, financiado pelo Governo do Estado de SC por meio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC).
“A Fapeu atua como gestora dos recursos advindos da FCC e promove as condições para a concretização do projeto, apoiando a equipe nos trâmites burocráticos atendendo as legislações específicas”, explica o arqueólogo Bruno Labrador Rodrigues da Silva, que é o coordenador do projeto Fortalezas para além as muralhas: dos fragmentos aos monumentos. As atividades começaram em janeiro de 2020 e serão finalizadas em junho deste ano. A elaboração e o desenvolvimento são realizados em uma parceria entre o setor de arqueologia do MarquE e a arqueóloga Ana Cristina de Oliveira Sampaio, que possui atuação profissional no campo da arqueologia histórica.
A publicação de um catálogo digital a ser disponibilizado gratuitamente a pesquisadores e ao público em geral é o objetivo final do projeto. A ideia é contextualizar artefatos e fragmentos descobertos, como faiança, grés, vidro e cerâmica, fivelas de cintos e sapatos, botões, munições de chumbo e pederneiras, estabelecendo origens, cronologias e contextos de produção.
Entre os fragmentos e peças encontrados estão uma peroleira do século 18 de produção espanhola; um prato em faiança, português, também do século 18; uma malga em faiança fina, europeia, do século 19; uma fivela de faixa de sabre do uniforme oficial da alta hierarquia militar europeia, usada entre o final do século 17 e o início do século 19; balins de chumbo para armas com fecho de pederneiras, utilizados do século 18 até o começo do século 19; pederneiras em sílex para armas adotadas na Europa do século 18 até o começo do século 19; e botões em metal produzidos na Inglaterra entre o final do século 18 e o início do século 19.
Resultados
“Os resultados do projeto chamam atenção para a importância de trabalhar e divulgar os acervos dos museus, trazendo novas narrativas sobre os períodos históricos que eles representam. Essas narrativas complementam ou refutam uma história oficial, oferecendo outras perspectivas e abordagens para a historiografia de Santa Catarina”, observa o coordenador do projeto. “Sob o ponto de vista da educação patrimonial, os resultados do projeto enriquecem a visão e compreensão do público sobre a importância das fortalezas, que vão além dos seus aspectos arquitetônicos e paisagísticos. Já no campo da museologia, oferecem diversas possibilidades de projetos expográficos, dando sentidos e finalidade aos acervos, abarcando aspectos sobre o cotidiano compartilhado por diferentes grupos sociais que ocuparam essas fortificações”, acrescenta Bruno Labrador.
O projeto teve as primeiras etapas desenvolvidas no MArquE, com a triagem, análise e fotografia do material da Fortaleza de São José da Ponta Grossa. Depois, devido à pandemia, o projeto teve de ser remodelado para atender ao isolamento social, e o processo de pesquisa, como o levantamento de fontes bibliográficas e iconográficas, bem como a produção de textos e montagem do catálogo, é feito em home office. “Trabalhar com toda essa gama de possibilidades e resultados gera benefícios para a cidade de Florianópolis, enriquecendo não só projetos turísticos e de visitação das fortalezas, como também o papel dos museus universitários, como é o caso do MArquE. Da mesma forma, reforça o papel e a importância da arqueologia enquanto instrumento de conhecimento e educação, trazendo novas reflexões para a sociedade atual acerca do passado e as dinâmicas que o moldaram”, observa o arqueólogo.
Seis pessoas estão envolvidas no projeto: o coordenador e arqueólogo Bruno Labrador, a consultora arqueóloga Ana Cristina Sampaio, a arqueóloga Luciane Zanenga Scherer, a técnica de laboratório Ana Letícia Trivia, a ex-diretora do Museu Luciana Silveira Cardoso e o professor Rubens de Andrade, responsável pela revisão e arte final do catálogo – todos da UFSC, com exceção da consultora e de Rubens Andrade, que é da UFRJ. “Atuando em favor da preservação, da pesquisa, e da valorização de suas coleções, o MArquE segue promovendo a difusão do conhecimento arqueológico e histórico de Santa Catarina”, define o coordenador.
(UFSC, 17/05/2021)
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 meses | Este cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent. O cookie é usado para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Analíticos". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 meses | Este cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent. Os cookies são usados para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Necessários". |
viewed_cookie_policy | 11 meses | O cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent e é usado para armazenar se o usuário consentiu ou não com o uso de cookies. Ele não armazena nenhum dado pessoal. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
collect | sessão | Usado para enviar dados ao Google Analytics sobre o dispositivo e o comportamento do visitante. Rastreia o visitante através de dispositivos e canais de marketing. |
CONSENT | 2 anos | O YouTube define este cookie através dos vídeos incorporados do YouTube e regista dados estatísticos anônimos. |
iutk | 5 meses 27 dias | Este cookie é utilizado pelo sistema analítico Issuu. Os cookies são utilizados para recolher informações relativas à atividade dos visitantes sobre os produtos Issuuu. |
_ga | 2 anos | Este cookie do Google Analytics registra uma identificação única que é usada para gerar dados estatísticos sobre como o visitante usa o site. |
_gat | 1 dia | Usado pelo Google Analytics para limitar a taxa de solicitação. |
_gid | 1 dia | Usado pelo Google Analytics para distinguir usuários e gerar dados estatísticos sobre como o visitante usa o site. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
IDE | 1 ano 24 dias | Os cookies IDE Google DoubleClick são usados para armazenar informações sobre como o usuário utiliza o site para apresentá-los com anúncios relevantes e de acordo com o perfil do usuário. |
mc .quantserve.com | 1 ano 1 mês | Quantserve define o cookie mc para rastrear anonimamente o comportamento do usuário no site. |
test_cookie | 15 minutos | O test_cookie é definido pelo doubleclick.net e é usado para determinar se o navegador do usuário suporta cookies. |
VISITOR_INFO1_LIVE | 5 meses 27 dias | Um cookie colocado pelo YouTube para medir a largura de banda que determina se o usuário obtém a nova ou a antiga interface do player. |
YSC | sessão | O cookie YSC é colocado pelo Youtube e é utilizado para acompanhar as visualizações dos vídeos incorporados nas páginas do Youtube. |
yt-remote-connected-devices | permanente | O YouTube define este cookie para armazenar as preferências de vídeo do usuário usando o vídeo do YouTube incorporado. |
yt-remote-device-id | permanente | O YouTube define este cookie para armazenar as preferências de vídeo do usuário usando o vídeo do YouTube incorporado. |
yt.innertube::nextId | permanente | Este cookie, definido pelo YouTube, registra uma identificação única para armazenar dados sobre os vídeos do YouTube que o usuário viu. |
yt.innertube::requests | permanente | Este cookie, definido pelo YouTube, registra uma identificação única para armazenar dados sobre os vídeos do YouTube que o usuário viu. |