Da Coluna de Ânderson Silva (NSC, 03/05/2021)
Começa a operar em fase de testes no próximo final de semana um novo cartão para uso em ônibus intermunicipais da Grande Florianópolis. Inicialmente, o projeto será apenas para a empresa Biguaçu. Nos próximos meses, a Jotur e a Santa Terezinha também vão se integrar ao novo modelo. Por enquanto, apenas a Estrela e a Imperatriz não têm perspectiva de entrada. Equipamentos com tecnologia diferenciada já foram colocados nos veículos.
Com o mesmo cartão, o passageiro poderá usá-lo nas diferentes empresas, sem necessidade de ter um para cada rota. No próximo sábado, 8 de maio, a Biguaçu inicia o modelo em algumas linhas, mas no dia 17 de maio passará a aceitar em toda a frota. A medida vale apenas para as linhas intermunicipais da região, sem o envolvimento de Florianópolis, onde opera o Consórcio Fênix.
Nos primeiros 60 dias, os usuários da Biguaçu poderão ir até o Setuf, no Ticen, para fazer a troca do antigo pelo novo cartão. Os créditos continuam valendo no mesmo período. A partir de julho é que efetivamente o novo passe será exigido. A troca de cartões não terá custo extra, segundo a empresa.
O modelo a ser aplicado também prevê uma alteração no formato tecnológico hoje existente nos ônibus. A máquina usada para debitar o valor da passagem foi substituída nos ônibus. A nova permitirá reconhecimento facial e pagamento com aproximação de QR Code. Os usuários das empresas que entrarem no projeto poderão comprar créditos por um aplicativo através de cartão de débito e crédito, além do pagamento em PIX.
Léo Mauro Xavier Neto, diretor executivo da Biguaçu, explica que o novo sistema possibilitará um regramento diferenciado para pagamento de passagens, inclusive no valor, sem a necessidade de integração via terminal. Mas esse passo será dado mais adiante.
Os motoristas terão dentro do ônibus um novo equipamento, assim como para os passageiros. No caso dos condutores, eles poderão, dentre outras ações, acionar um botão de pânico em situações de ocorrências nos coletivos, como abuso sexual.
Projeto do Estado previa integração
O projeto das empresas para integrar os sistema era previsto pelo governo de Santa Catarina dentro do Plamus, finalizado em 2015. Até agora, entretanto, nenhum edital foi lançado pelo Estado. A decisão das empresas ocorre por conta própria, sem a participação do governo, de acordo com Vinícius Cofferri, representante do sindicato das empresas da Grande Florianópolis, o Setuf.
Segundo Cofferri, não há um contrato em vigor atualmente. As empresas reclamam da ausência de uma formalização entre elas e o Estado para terem segurança jurídica e também medidas contratuais nas operações.
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