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Serviço Aliança Pela Vida ajuda a desafogar hospitais da Grande Florianópolis

Da Coluna de Estela Benetti (NSC, 16/04/2021)

Novo serviço de saúde para pacientes com Covid na Grande Florianópolis, o Aliança Pela Vida, completou 25 dias de atividades quarta-feira com 2.526 atendimentos. Desse grupo, 68% tiveram melhora, 31% estão em monitoramento por telemedicina e 1% foram encaminhados por UTI móvel para hospitais ou UPAs. Os atendimentos médicos a domicilio chegaram a 157 no período.

O serviço, oferecido gratuitamente nos municípios de Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu, colaborou para desafogar os serviços de emergência e o setor hospitalar da região, que nesta sexta-feira não teve fila de espera para UTI e para leito clínico. O secretário de Saúde de Florianópolis, Carlos Alberto Justo da Silva, avalia que o novo serviço é equivalente a uma nova UPA no município.

– Ajuda no atendimento à população. É sempre bem-vindo. O número de pessoas atendidas equivale ao de uma UPA a cidade. É como se, ao invés de três UPAs, tivéssemos quatro – comparou o secretário.

Para o presidente da Associação Catarinense de Medicina (ACM), Ademar Oliveira Paes Junior, a Aliança Pela Vida, serviço criado com apoio de entidades, entre as quais a ACM, ajudou a melhorar o atendimento a pacientes com Covid-19.

– Seguramente, o novo serviço ajudou a desafogar hospitais. Muitas vezes, uma ambulância se deslocou até a casa de paciente por ser um nível de gravidade maior. Isso ajudou a reduzir a pressão nos hospitais. Esse era o objetivo mesmo. É aquele paciente que a equipe avalia que pode ser atendido em casa, mas que realmente precisa de médico. A gente alivia a ida à emergência. Com medicação, a gente acaba resgatando o quadro clínico do paciente para ele não piorar, não precisar de uma internação. O principal objetivo do serviço é atender o paciente que está numa fase moderada, indo para grave – explica Ademar Paes.

Segundo o presidente da ACM, foi possível ver que é um modelo exitoso, que pode ser adotado em outras situações de pico de atendimento, quando o sistema de saúde está lotado. Ele lembra que em Florianópolis os quatro maiores hospitais privados fecharam temporariamente suas emergências porque não podiam receber mais pacientes.

Os hospitais públicos não fizeram o mesmo, mas ficaram sobrecarregados. Ele avalia que esse modelo só tem sucesso se for implantado em parceria com o serviço público de saúde. Na Grande Florianópolis, as prefeituras são parceiras e há apoio, também, do setor público estadual e federal.

O diretor médico da Help Emergências Médicas, Gustavo Ayala, explica que o protocolo do tratamento consiste em melhorar os sintomas, reduzir a atividade inflamatória, tratar infecção pulmonar secundária, prevenir eventos trombóticos e tratar hipoxemia silenciosa. A Help é a empresa contratada pelas entidades empresariais para prestar o serviço. 

Até agora, as doações de entidades e empresas para manter os serviços somam R$ 3,6 milhões. O atendimento é gratuito para pacientes do SUS, de convênios e particulares. Basta ligar para o 0800 402 0000.

Inédito no formato em SC, o serviço Aliança Pela Vida é uma iniciativa de força-tarefa integrada por entidades empresariais e empresas. Entre as apoiadoras estão a Associação Empresarial de Florianópolis (Acif), a Câmara de Dirigentes Lojistas de Florianópolis (CDL), Engie Brasil Energia, Sinduscon Grande Florianópolis, Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), Associação Empresarial da Região Metropolitana de Florianópolis (Aemflo) e Câmara de Dirigentes Lojistas de São José (CDL-SJ). 

Também participam da força-tarefa o Movimento Floripa Sustentável, a Associação Catarinense de Medicina (ACM), a Federação das Indústrias de SC (Fiesc), OAB-SC, Laboratório Santa Luzia (empresa do grupo DASA) e a Intelbras. O Santa Luzia colabora com a doação de kits para a realização de testes de Covid-19. 

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