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Projeto Skate Escola vai levar o esporte olímpico a mais de três mil crianças e adolescentes pelo Brasil

No ano em que o skate se torna oficialmente esporte olímpico e estará presente nos Jogos de Tóquio, a prática conhecida pelas manobras radicais vai passar a fazer parte do cotidiano de muitos alunos brasileiros. A partir de março, o projeto Skate Escola, parceria do Governo Federal com prefeituras, vai levar aulas de skate a crianças e adolescentes de seis a 17 anos, no horário contrário às aulas escolares, como forma de estimular a pratica esportiva no público jovem.

“O Skate Escola vem para difundir, apoiar e permitir a prática da modalidade nos municípios parceiros e, por meio de sua força atrativa e complexidade psicomotora, contribuir para o desenvolvimento físico, mental e social dos beneficiados”, afirma Fabíola Molina, secretária Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (Snelis) da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.

Em fase de implementação, o projeto tem como foco, além da expansão do esporte e do desenvolvimento dos jovens, o combate à evasão escolar, à criminalidade e ao uso de entorpecentes. “Além do físico, os valores que você conquista com o esporte são muito importantes, como autoconfiança, autoestima, o que para o jovem é decisivo. Ele passa a se enxergar como pessoa capaz, aprende valores de superação, a alcançar objetivos e ter resiliência. Tudo isso é um grande ganho na formação de crianças e adolescentes como cidadãos”.

A parceria entre a Secretaria Especial do Esporte com os municípios foi firmada em dezembro de 2020, com vigência de 16 meses. São quatro de implementação e 12 meses de atividades. O orçamento total do projeto é de R$ 2,8 milhões, com projeção de 3.840 beneficiados.

A dinâmica do projeto prevê formação de quatro turmas por trimestre com o número máximo de 15 alunos cada. Os meninos e meninas serão divididos por faixa etária e os materiais como equipamento de proteção e skate serão fornecidos. Cada núcleo será composto por um professor de educação física, um instrutor de skate e um coordenador técnico, que farão a supervisão das aulas.

A princípio, o projeto será realizado em cinco estados e no Distrito Federal, totalizando 17 núcleos, em Bombinhas (SC), São José dos Pinhais (PR), Porto Alegre (RS), Santos (SP), Santo Ângelo (RS), Santa Mariana (PR), Teresina (PI), Balneário Camboriú (SC), Florianópolis (SC), São José dos Campos (SP), Brasília (DF) e Guarulhos (SP). Todas as cidades têm pistas de skate públicas já construídas. Algumas aulas serão ministradas dentro de escolas que possuem a estrutura.

Na capital federal, por exemplo, três escolas que já possuem pistas de skate receberão as aulas, nas regiões do Plano Piloto, Estrutural e Itapoã. Segundo o secretário de Educação do Distrito Federal, Leandro Cruz, o DF aderiu ao projeto para diversificar a aprendizagem e atrair as crianças. “Verificamos um déficit referente às propostas de atividades de aventura, atrelada à educação e a ausência de métodos de ensino em modalidades dessa vertente. E, nesse quesito, o skate é um dos esportes mais praticados no Brasil”. Segundo ele, a prática do skate será um ganho à educação. “A democratização do skate, com ferramentas adequadas, pode colaborar na prática esportiva nas escolas, e também ajudar na aprendizagem dos estudantes, além de possibilitar a redução das taxas de abandono e aumento do rendimento escolar.”

Outro elo estratégico para o projeto é a Confederação Brasileira de Skate (CBSK). “Com o projeto, vamos unir duas frentes fundamentais para toda modalidade: formação de base estruturada agregada à construção de cidadania. Ao mesmo tempo em que fomentamos a prática do skate, ensinando fundamentos básicos do esporte, vamos promover a inclusão social de crianças e pré-adolescentes, beneficiando familiares e a comunidade como um todo”, avalia Eduardo Musa, presidente da CBSK.

Neste momento de implementação do Skate Escola, as secretarias de educação municipais estão em fase de estruturação do projeto, com mobilização da rede, estabelecimento de cronogramas de trabalho, definições pedagógicas de acompanhamento e contratação de profissionais. A CBSk trabalhará na coordenação dos núcleos e treinamento de instrutores que darão as aulas.

(Ministério da Cidadania, 19/02/2021)

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