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A elite catarinense está disposta a copiar Dinamarca?

Da Coluna de Renato Igor (NSC, 09/01/2021)

Quando se fala nos países da Escandinávia o que vem à cabeça é o chamado Estado de bem-estar social europeu. Este status representa uma renda média alta da população suficiente para as necessidades mínimas das pessoas, baixos índices de pobreza e serviços públicos de qualidade. Mas não foi fácil chegar até esta condição.

“Há mais de mil anos, entre os séculos VIII e XI, esse país era tomado de saqueadores, estupradores e fazendeiros, os chamados Vikings. Por conta do frio que faz aqui, também, eles se deram conta de que um precisava colaborar com o outro para não morrer de fome ou de frio. Eles se deram conta de que você faz parte de uma sociedade e que cada um tem um papel para ela funcionar bem”, diz o arquiteto e urbanista brasileiro Maurício Duarte Pereira, radicado há seis anos em Copenhague.

O conceito que predomina é da coletividade. Na construção civil também não é diferente e a população de baixa renda tem oportunidades.

“Por conta de todas as qualidades de Copenhague, o valor do imóvel é muito caro. Foi feito um esforço muito grande desde os anos 80 que está facilitando o acesso a um apartamento na cidade. Foram construídos imóveis em terrenos públicos, em áreas portuárias e construção de aterros. Tudo isso foi convertido em novas habitações. O aumento de estoque faz com que os preços não aumentem rapidamente. Além disso, há linhas de crédito com juro baixo. Em geral, os novos prédios contém 25% das unidades destinadas à moradia popular e há uma regra de que os empreendimentos populares não podem parecer de menor qualidade do que os de mercado. Além disso, na mesma quadra é preciso misturar as diferentes faixas de renda”, explica o arquiteto.

Eles partem do princípio de que crianças que cresçam na mesma quadra com diferentes tipos de renda tenham mais chance de ascenderem socialmente, pois esta troca de conhecimento acaba criando uma rede de relacionamento importante.

O déficit habitacional no Brasil e também em Santa Catarina é crônico. Não trata-se apenas de falta de moradia, mas também falta de moradia digna.

Claro que a nossa realidade é diferente e precisamos desenvolver projetos adaptados ao nosso contexto.

A elite brasileira e catarinense, quando viaja e fica encantada com a Escandinávia, está disposta a ceder e se inspirar no que deu certo lá?

Confira a entrevista com o arquiteto e urbanista brasileiro Maurício Duarte Pereira, radicado há seis anos em Copenhague:

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