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Eleições fragmentaram mais o poder dos partidos em SC, mostra estudo da Udesc Esag

As eleições municipais encerradas no último domingo, 29, tiveram como efeito uma dispersão do poder político em Santa Catarina, com uma menor concentração nos grandes partidos. A conclusão é de estudo do grupo de pesquisa Callipolis, ligado ao Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), divulgado nesta segunda-feira, 30.

O grupo de pesquisadores coordenado pelo professor Leonardo Secchi criou o Índice de Força Partidária Municipal (IFPM), uma escala expressa em porcentagens que mede o poder político de cada partido no Estado. Além do número de prefeitos e vereadores eleitos, o índice leva em conta o peso de cada município, com base em sua população e força econômica, medida pelo produto interno bruto (PIB) local.

Leia aqui o relatório completo.

Esta foi a primeira eleição em que passou a vigorar a regra que obriga os partidos a lançar chapas “puras” para o poder legislativo, sem coligações. Isso levou a um aumento expressivo do número de candidatos a prefeito e vereador e a uma fragmentação ainda maior. “A simplificação partidária esperada pela Emenda Constitucional 97/2017 provocou efeitos contrários de curto prazo”, explica o professor Leonardo Secchi.

Como resultado, o poder dos maiores partidos recuou. A força somada dos quatro maiores partidos (MDB, PSD, PSDB e PP), que chegava perto de 80%, caiu abaixo de 60%. Também houve recuo dos partidos de esquerda e centro esquerda (PT, PDT, PSB, PSOL e PCdoB), que agora somam menos de 5% da força política em Santa Catarina.

Por outro lado, houve avanço de partidos como DEM, Podemos, Novo, PL, PSL e Republicanos. Estes partidos também passam a administrar as três maiores cidades do estado: Joinville (Novo), Florianópolis (DEM) e Blumenau (Podemos). “Isso pode ser um indicativo de novas coalizões e novo padrão de disputa partidária nas eleições de 2022 em Santa Catarina”, avalia Secchi.

Força dos partidos em SC
(após as eleições de 2020)

  • MDB – 22,09%
  • PSD – 15,92%
  • PSDB – 10,71%
  • PP – 10,40%
  • DEM – 7,09%
  • Podemos – 6,69%
  • Novo – 6,60%
  • PL – 5,71%
  • PSL – 3,89%
  • Republicanos – 1,92%
  • PT – 1,83%
  • PDT – 1,79%
  • PSC 1,23%
  • Cidadania – 0,96%
  • PSB – 0,79%
  • Patriota – 0,74%
  • PSOL – 0,36%
  • DC – 0,31%
  • Solidariedade – 0,30%
  • PTB – 0,27%
  • Avante – 0,19%
  • PCdoB – 0,13%
  • PROS – 0,06%
  • PRTB – 0,02%

Mais informações podem ser obtidas com o grupo de pesquisa Callipolis da Udesc Esag.

(UDESC, 30/11/2020)

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