Pandemia vai impactar em políticas municipais de planejamento urbano

Da coluna de Fabio Gadoti (ND, 06/07/2020)

Em reflexão sobre mudanças nas cidades depois da Covid-19, Marcelo Fett aposta em mais investimentos em tecnologia e em espaços públicos para exercícios ao ar livre

O advogado e executivo Marcelo Fett, de Florianópolis, fez algumas reflexões sobre a recuperação econômica pós-pandemia da Covid-19 que valem ser compartilhadas.

No chamado “novo normal”, segundo ele, as cidades “precisarão ser cada vez mais inteligentes, com as pessoas interagindo e fazendo uso estratégico de infraestrutura e serviços, incorporando uma série de tecnologias já existentes em áreas como governança e administração pública, segurança, mobilidade urbana, iluminação pública e meio ambiente para responder as novas necessidades da população”.

Isso vai exigir, portanto, que a transformação digital no serviço público seja acelerada.

“A pandemia certamente mudará não só como as pessoas trabalham. Mas também como as pessoas se movem, se relacionam e convivem umas com as outras”, afirma, complementando que projetos de infraestrutura de mobilidade urbana e espaços de convivência necessariamente sofrerão profundas modificações.

“Talvez precisaremos de menos viadutos e corredores exclusivos para ônibus e mais ciclovias, banda larga e tecnologia 5G”, reflete.

Ele aposta ainda que um novo planejamento urbano deverá focar na descentralização de serviços “permitindo que as pessoas possam morar, trabalhar, estudar, se divertir e consumir a distância de uma caminhada”.

Fett registra também que “a necessidade de distanciamento físico, o perigo da permanência em locais fechados lotados e a importância de promover estilos de vida mais saudáveis exigirão investimentos em ciclovias, calçadas e vias arborizadas, praças e espaços de convivência e para exercícios ao ar livre”.