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Pandemia provoca queda de 21,6% nas exportações de SC em maio

Da Coluna de Estela Benetti (NSC, 10/06/2020)

A balança comercial catarinense fechou o mês de maio com exportações de US$ 707,10 milhões, o que confirma queda de 21,6% frente ao mesmo mês do ano passado. A retração foi em função da crise do novo coronavírus, que derrubou as vendas em quase todos os mercados internacionais. Os destaques positivos foram as vendas de soja e carne suína. A crise da pandemia causou também queda de 10,5% nas importações do Estado em maio frente ao mesmo mês de 2019. O total importado pelos portos catarinenses ficou em US$ 1,08 bilhão.

Os dados são do Ministério da Economia e foram agrupados pelo Observatório da Fiesc. Apesar de abril ter sido, também, um mês de isolamento social, o baque nas exportações foi um pouco menor, de 18,84% frente ao mesmo mês de 2019. De Janeiro a maio, o Estado somou US$ 3,4 bilhões com exportações, 11,3% a menos que nos mesmos meses do ano anterior, enquanto as importações foram de US$ 6,3 bilhões, com queda de 7,5%.

Com altos preços da soja no mercado internacional, principalmente em função das compras maiores da China, portos catarinenses aumentaram os embarques do produto. De janeiro a maio, as exportações da commodity cresceram 54,95% e responderam por 11,47% do faturamento de SC no exterior.

Outro destaque do agro na balança do Estado é a carne suína. No acumulado do ano, as vendas do produto por Santa Catarina cresceram 45% frente ao mesmo período do ano passado e alcançaram US$ 431 milhões. O produto respondeu por 12,75% do total exportado. Em maio, somaram US$ 113,6 milhões, com crescimento de 41,5% a receita frente ao mesmo mês de 2018.

Apesar da queda expressiva das exportações, a carne de aves segue na liderança dos produtos mais vendidos por SC lá fora. Respondeu por 17,74% do total e registrou recuo de 35,92% no período.

No setor industrial, as vendas caíram porque as empresas deram férias coletivas e reduziram a produção em função do coronavírus. As exportações de motores elétricos caíram 12,56% no ano e responderam por 4,18% do total enquanto as de partes de motores (autopeças) caíram 18,76% e representaram 4,12% da receita de exportação.

Os principais mercados, na ordem, foram a China (23,80%), Estados Unidos (14,92%), Japão (4,65%), Argentina (4,20%) e México (3,97%).

Considerando expectativas futuras, agroindústrias exportadoras de carne suína estão confiantes de que as compras seguirão em alta na China, que é o principal cliente catarinense. Segundo o diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Carnes (Sindicarnes-SC), Jorge Luiz de Lima, a alta das vendas de carne suína resulta das elevadas compras da Ásia e retomada do mercado europeu pós-pandemia, com destaque para vendas ao food service.

Expectativas
Os dados da balança catarinense mostram que o abalo da crise econômica causada pela pandemia é grande. Contudo, dois produtos do agronegócio – soja e carne suína – seguem com vendas em alta e, no caso da proteína, esse bom ritmo deve continuar até o final do ano. Há expectativa, também, de retomada de um maior nível de exportações de carne de aves para a Ásia. Assim, o agronegócio vai ajudar o Estado a não ter uma recessão tão profunda quando a do Brasil no ano.

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