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Dia do Meio Ambiente: Lixo marinho não tem fronteira, afirma engenheira ambiental

A fábula do passarinho corajoso que enfrenta um incêndio florestal pode ser comparada a história de muitas pessoas que, incomodadas com o que veem, arregaçam as mangas e partem para a ação. O passarinho da fábula dá diversas viagens com o bico cheio de água na tentativa de amenizar as chamas que consomem a floresta onde mora. Ele agia confiante de que fazia o melhor que podia. Essa certeza move as pessoas que abraçam uma causa, como a do meio ambiente, e fazem a diferença na sociedade. Esses homens e mulheres não aguardam o dia 5 junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, para fazerem alguma coisa, a ação é diária.

Leonardo Quint se incomodou tanto com o lixo espalhado por ruas, praias e parques de Palhoça que criou um grupo, que depois virou o Instituto Ambientalista Palhoça Menos Lixo. Por quase dois meses ele e os voluntários do grupo agiram somente com o verbo, não era possível fazer muita coisa devido às restrições sanitárias impostas pela pandemia do novo coronavírus. Nas primeiras semanas de maio, a turma voltou a botar a mão em todo tipo de objeto jogado fora. Na quinta-feira (4), eles fizeram um mutirão no Morro da Pedra Branca e nesta sexta (5), se o tempo deixar, estarão na Guarda do Embaú. Até domingo muito lixo será retirado de onde não deveria estar.

Quint age para a comunidade onde ele atua. Entende que sim, as ações isoladas surtem efeito no meio ambiente. “Nosso movimento mostrou na prática que um pequeno grupo com força de vontade e unidos por uma causa pode ser exemplo para muitas pessoas que apenas precisavam de um estímulo para os despertar para uma consciência ambiental. Temos visto comunidades e locais que reduziram a quantidade de descarte irregular de resíduos, por exemplo”, salienta o ambientalista.

Estratégia
Com a certeza de que o envolvimento das pessoas é a estratégia mais acertada para a preservação do meio ambiente, o professor Valmor Coutinho aposta em aulas e projetos com foco na educação ambiental. Ele trabalha com turmas da EJA (Educação de Jovens e Adultos) e nas aulas de química explica como uma atitude impensada de jogar uma ponta de cigarro no mato, por exemplo, pode desencadear um grande problema, como um incêndio ou a morte de um animal que pode engolir a reprovável bituca.

O professor de química utiliza as aulas para demonstrar que um pedaço de algo descartado pode ainda ter alguma utilidade, se empregado corretamente, e que toda ação tem uma consequência. “Durante minhas aulas, procuro provocar e incentivar os alunos, e assim, estimular o debate frente aos problemas e conscientizá-los. As aulas são instrumentos para sugerir soluções e uma boa prática de convivência ambiental”, afirma o professor.

(Confira a matéria completa em ND, 05/06/2020)

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