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Com efeitos do coronavírus, vendas do comércio de SC têm a maior queda em 15 meses

Da Coluna de Estela Benetti (NSC, 13/05/2020)

A crise econômica causada pelo novo coronavírus provocou impacto expressivo no comercio catarinense em março em função dos 14 dias de isolamento social. Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio, realizada pelo IBGE, o volume de vendas do setor teve queda de 3,1% frente ao mês anterior, fevereiro, com ajustes sazonais; e de 5,4% na comparação com março do ano passado. No acumulado do ano, o volume de vendas no Estado ficou praticamente estável, com alta de 0,3%; e em 12 meses, subiu 7,3%.

Esta foi a maior queda do varejo desde dezembro de 2018, último mês do ano que teve impactos negativos da eleição.

O varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, teve queda de 18,8% no volume de vendas em março frente a fevereiro, na série com ajustes sazonais, e de 12,5% na comparação com março do ano passado.

Os únicos setores que tiveram crescimento de vendas em março frente ao mesmo mês do ano passado, no Estado, foram os supermercados, com aumento de 10,8% e artigos farmacêuticos, com crescimento de 10,3%.

As maiores quedas na mesma comparação foram no volume de vendas de veículos, (-27,2%), tecidos e vestuário (-42,8%), materiais de escritório (-32,7%), móveis e eletros (-25,7%) e materiais de construção (-17,1%).

Considerando a receita nominal (sem descontar a inflação), o varejo restrito de SC teve queda de 2,2% em março frente a fevereiro, de 1,5% na comparação com março do ano passado, crescimento de 4,6% no ano e de 10,3% em 12 meses.

No Brasil, o volume de vendas do varejo tive queda de 2,5% em março frente ao mês anterior e de 1,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano cresceram 1,6% e em 12 meses, tiveram alta de 2,1%.

O IBGE vai divulgar os dados do comércio catarinense de abril em junho, mas deverão vir com quedas bem maiores porque o setor pegou 13 dias de fechamento de lojas e, mesmo com a reabertura, os consumidores não voltaram às compras como antes porque estão fazendo isolamento social, temendo contaminação pelo coronavírus.

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