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Prefeituras são autorizadas a conter desperdício de água para enfrentar estiagem

Diante da estiagem que atinge todas as regiões de Santa Catarina, com déficit de chuvas desde o ano passado, a Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE) recomenda a proibição de usos de água que não sejam para consumo humano ou para saciar a sede de animais.

Em Nota Técnica, na qual declara “situação de escassez hídrica prolongada nos cursos d’água de Santa Catarina”, a Secretaria se apoia no Artigo 1 º da Política Nacional de Recursos Hídricos para recomendar às Prefeituras Municipais e aos demais órgãos responsáveis pelo saneamento e pela fiscalização “a adoção de regras e critérios, em regime de urgência, da proibição e penalização de atividades notadamente reconhecidas como promotoras de desperdício de água”, tais como:

– Lavagem de fachadas, calçadas, pisos, muros e veículos com o uso de mangueiras.

– Irrigação de gramados e jardins.

– Resfriamento de telhados com umectação e umectação de vias públicas, exceto quando a fonte for o reuso de águas residuais.

O documento emitido pela Secretaria ainda recomenda a empreendimentos industriais a adoção de medidas de reuso, reaproveitamento e reciclagem de água em suas unidades fabris visando à redução do consumo.

“Com o objetivo de estimular o controle e reservar a água tratada para uso da população, a CASAN está distribuindo uma correspondência a todas as 195 Prefeituras em que gerencia o sistema de abastecimento sugerindo que adotem as recomendações da SDE”, diz o Diretor de Operação e Expansão, engenheiro Fábio Krieger.

DÉFICIT DE CHUVAS

Segundo dados do Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia (CIRAM), da Epagri, o Meio Oeste acumulou um déficit de 635 milímetros de chuvas nos últimos 12 meses. Nos demais municípios do Oeste e na Serra que abastece Florianópolis o déficit é da ordem de 612 milímetros. Em nove das 10 regiões do Estado, a falta de chuvas é superior a 300 milímetros no período.

PRINCIPAIS DIFICULDADES

Nos municípios gerenciados pela CASAN, as maiores dificuldades de abastecimento estão em São Miguel do Oeste, onde há abastecimento intercalado entre os bairros em períodos de até 12 horas, em São Joaquim e região da Serra, onde o Rio Antonina está praticamente seco, em Barra Velha e São José do Itaperiú, no Litoral Norte, e em Itaiópolis, no Vale do Itajaí. Em todas as cidades a Companhia vem executando obras emergenciais para reduzir os transtornos da estiagem.

GRANDE FLORIANÓPOLIS

Na Grande Florianópolis a CASAN adotou duas medidas operacionais para manter o abastecimento. Reduziu em 40% a captação na Lagoa do Peri para preservar o manancial, colocando em operação nove poços do Aquífero do Campeche, e instalou nova bomba na captação do Rio Cubatão para reforçar o Sistema Integrado da Região Metropolitana já que o Rio Pilões (Vargem do Braço) está com menos de 50% de seu volume habitual.

(CASAN, 27/04/2020)

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