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Vida x economia: é preciso decidir certo

Da Coluna de Estela Benetti (NSC, 28/03/2020)

O avanço da Covid-19 no mundo, no Brasil e em Santa Catarina mostra que a pandemia tem uma capacidade de se alastrar de forma exponencial, causando estragos gigantes na saúde e na economia. Nesse cenário, a demora dos governos em anunciar medidas econômicas efetivas para ajudar as empresas a pagar contas, especialmente os salários, tem deixado os empresários muito apreensivos.

Em Santa Catarina, onde o isolamento social começou dia 18 de março, antes do Brasil, empresários já estão cansados de esperar decisões de governo que não vêm, embora alguns considerem que ainda é possível esperar mais. Os salários vencem até o dia 7 de abril, por exemplo.

Diante disso, na última quarta-feira, dia 25, 50 entidades empresariais lançaram o Movimento Reage SC e encaminharam ao governador Carlos Moisés da Silva (PSL) um ofício com 13 medidas. A primeira sugere a criação de um comitê integrado com empresários visando a retomada da atividade econômica gradativa a partir de 30 de março para evitar, o que o grupo afirma que pode ocorrer, que é um “colapso econômico e social sem precedentes”. A sugestão é isolamento social por grupo de risco.

Entre as 50 entidades que assinam o documento estão Facisc, Fecomércio-SC, Sebrae-SC, Acats, Acate e dezenas de associações empresariais do Estado, incluindo as de Florianópolis, São José, Palhoça, Lages, Itajaí e Chapecó. Essa foi uma das sugestões de flexibilização do isolamento social encaminhadas ao governador. Outra, enviada segunda-feira, dia 23, era assinada pela Fecomércio-SC, Facisc e FCDL-SC.

Contudo, quando a gente olha o avanço da doença no mundo e as estratégias adotadas para enfrentá-la, a recomendação aos políticos é que sigam a ciência, ouçam os infectologistas. O que o Estado e o Brasil precisam fazer, além de cuidar da saúde, é ampliar o socorro econômico a quem precisa, com maior rapidez. A propósito, se a gente olhar a história da humanidade, as pessoas sempre viveram com poucos recursos. A Covid-19 mostra que muitas coisas que fazemos podem ser repensadas.

74% dos pequenos negócios afetados
A suspensão da maioria das atividades econômicas com o isolamento social adotado pelo governo de Santa Catarina afetou, na primeira semana, 74% dos pequenos negócios catarinenses. Foi isso que apontou um mapeamento organizado pelo Sebrae-SC nos últimos dias para identificar como a economia começou a sentir a crise e, assim, poder canalizar apoio mais certeiro.

O superintendente do Sebrae-SC, Carlos Henrique Ramos Fonseca, é enfático na defesa de uma maior atenção às pequenas empresas e microempreendedores individuais. Segundo o dirigente, é preciso cuidar da sobrevivência desses negócios porque são eles que garantem a geração de empregos e a maior capacidade dos catarinenses em se adaptar a essa fase difícil que estamos enfrentando.

Quem sofre mais
A sondagem do Sebrae-SC aponta que dos 583.073 negócios impactados, 55% são MEIs e 39% são microempresas. A pesquisa recebeu informações de que no setor de moda foram 55.795 empresas atingidas, em varejo tradicional (36.291), construção civil (55.935), alimentação fora do lar (39.169), beleza (43.056), logística e transporte (21.004), peças automotivas (19.559), saúde (2.635) e serviços educacionais (11.298). Esses segmentos somam mais de 82% do total de empresas afetadas.

 

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