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Setor turístico é o mais afetado pelo coronavírus em SC

Da Coluna de Estela Benetti (NSC, 16/03/2020)

As vendas de passagens aéreas e rodoviárias estão paradas em Santa Catarina por causa do coronavírus. Agências de viagens estão atendendo alguns clientes internacionais e nacionais e, principalmente, resolvendo a vida de quem tinha viagem agendada, informa a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav-SC). Essa situação ocorre com efeito cascata, que inclui cancelamento de diárias de hotéis e queda no número de clientes em restaurantes, segundo a Federação Catarinense de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares (Fhoresc). O setor turístico é um dos mais importantes da economia catarinense, responde por mais de 12% do Produto Interno Bruto do Estado e movimenta perto de 60 atividades econômicas.

A presidente da Abav-SC, Conceição Junckes, afirma que as agências estão concentradas em atender clientes que buscam solução para viagens que não poderão fazer agora. O setor está tentando sensibilizar os passageiros para que a maioria postergar as viagens porque assim as empresas terão recursos para continuar os negócios.

Segundo Conceição Junckes, uma parte das agências registra atividade em torno de 10% porque ainda está atendendo eventos. A empresa dela, a Cia do Turismo, em Joinville, atendeu o evento dos 20 anos da Escola Bolshoi do Brasil, que foi sexta e sábado. Um grupo de russos voltará ao seu país quarta-feira (18). A Rússia e alguns países da América Central estão entre os poucos destinos que não proibiram a chegada de voos internacionais.

— O mundo está parando. O Brasil está parando também. Está muito difícil para o setor. Vamos parar 100%. A Abav nacional está vendo inclusive com o governo federal um financiamento para capital de giro. Muitas empresas vão quebrar. É preciso ver maneiras de financiar para que as empresas continuem. Também precisamos de medidas que ajudem a pagar os salários dos trabalhadores – alerta ela.

Atenção aos empregos
O setor hoteleiro de Santa Catarina ainda não apurou a redução percentual de queda de ocupação por causa do coronavírus, mas fará uma reunião nesta quinta-feira, às 10h30min, na sede da entidade, em Florianópolis, para negociar um acordo coletivo para esse momento inédito na economia. O foco, agora, segundo presidente da Federação dos Hotéis, Bares, restaurantes e Similares do Estado (Fhoresc), Estanislau Bresolin, é buscar um fôlego financeiro para manter os empregos.

— Estamos pensando em saídas para tentar minimizar ou evitar o máximo possível o desemprego. Entre as medidas que estudamos estão a antecipação de férias sem o ônus de um terço, para isso ser pago posteriormente, criação de banco de horas e outras medidas — explica Bresolin, ao observar que o objetivo é definir medidas legais para que as empresas não tenham mais prejuízos depois.

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