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Mais empatia, menos ódio

Foto: Facebook

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Artigo de Sandro Azevedo
Diretor de Proteção Social Especial da Secretaria de Assistência Social de Florianópolis

Há alguns dias foi aprovado na Câmara de Vereadores da Capital um projeto de lei que dispõe sobre o Programa Floripa Cidade Coração, o qual engloba vários serviços voltados à população mais vulnerável. Infelizmente, um parlamentar optou por não promover o debate no Legislativo Municipal, levando a questão para uma rede social e induzindo parte da sociedade ao julgamento equivocado de um trabalho construído por equipe técnica capacitada da Secretaria Municipal de Assistência Social de Florianópolis!

Um dos serviços, o polêmico “bolsa mendigo”, simplesmente não existe! O Benefício do Desacolhimento visa atender, prioritariamente, adolescentes que estão para deixar os abrigos, num segundo momento, as mulheres vítimas de violência, as quais também estejam na iminência de retornar ao convívio social, por fim, atenderia pessoas em situação de rua, já abrigadas, mas que estariam sendo reinseridas na sociedade. Aliás, este último ponto foi o objeto de muitos ataques em virtude de conclusões precipitadas, haja vista que os posts publicados indicavam que qualquer pessoa em situação de rua estaria apta para receber o benefício. Aqui se caracteriza fake news, pois o projeto existe, mas no mérito é totalmente diferente do que foi compartilhado.

Para que uma pessoa em situação de rua tenha acesso a um dos abrigos fixos da Prefeitura da Capital, necessita passar por um atendimento psicossocial e por exames. Caso consiga uma vaga, ela passa a ser acompanhada por equipe técnica, a qual, dentre outras ações, auxiliará na busca por um emprego, na realização de cursos de capacitação e/ou restabelecimento de vínculos familiares. Encerrando o prazo de permanência institucional, então o abrigado poderia pleitear o benefício de desacolhimento, desde que já esteja trabalhando.

Desta forma, constata-se que existe todo um ciclo a ser respeitado, com inúmeros critérios que devem estar preenchidos, antes da concessão, que somente é realizada após aprovação de profissionais da Assistência Social. Portanto, além de informação, precisamos de mais empatia e menos ódio!

(ND, 03/03/2020)

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