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Academia Catarinense de Letras começa a celebrar centenário na próxima semana

João da Cruz e Sousa, um dos maiores poetas da língua portuguesa, não frequentou as sessões da Academia Catarinense de Letras (porque morreu 22 anos antes da criação da instituição), mas é patrono da cadeira número 15.

No ano em que festeja o centenário, a ACL tem o privilégio de exibir entre seus membros históricos, todos como patronos, figuras de destaque como o ex-presidente da República Nereu Ramos, os jornalistas Jerônimo Coelho e Crispim Mira, os poetas Luís Delfino e Oscar Rosas, o escritor Virgílio Várzea e o teatrólogo Álvaro Augusto de Carvalho.

Uma das particularidades dessa trajetória é que a Academia, ao contrário de congêneres pelo país, já nasceu contando com a presença de uma mulher em seus quadros – a romancista Maura de Senna Pereira.

Uma ampla agenda foi montada para comemorar os 100 anos da Academia, criada como Sociedade Catarinense de Letras, sob a presidência de José Arthur Boiteux (que ficou no cargo até 1934) e a participação, na primeira diretoria, de Altino Flores, Othon d’Eça e Henrique Fontes.

No próximo dia 12, quinta-feira, às 19h, a ACL fará uma sessão solene de abertura do ano acadêmico, que se estenderá até outubro, mês em que a instituição foi criada, em 1920.

Ao longo dos próximos meses haverá tributos aos ex-presidentes, homenagens de outras entidades – como o IHGSC (Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina) e a Câmara de Vereadores de Florianópolis –, lançamentos de livros, saraus literários e palestras de acadêmicos.

Outra preocupação do presidente da ACL, Liberato Manoel Pinheiro Neto, é com o preenchimento das cadeiras 4, 7 e 22, abertas com as mortes de João Alfredo Medeiros Vieira, Leatrice Moellmann e Antônio Carlos Konder Reis, respectivamente.

A agenda do dia 12 prevê uma palestra do decano Celestino Sachet, de 90 anos, que falará sobre o centenário da Academia.

Em seguida haverá homenagens aos ex-presidentes – o próprio Sachet (1969 a 1973 e 1981 a 1984), João Nicolau Carvalho (1987 a 1988), Péricles Prade (2010 a 2014) e Salomão Ribas Júnior (2014 a 2018).

Em memória, também serão homenageados os ex-presidentes Paschoal Apóstolo Pitsica (1988 a 2003), Lauro Junkes (2003 a 2010) e Norberto Ungaretti (2010).

Na mesma sessão vão ser apresentados o selo comemorativo ao centenário, o livro “Academia Catarinense – 100 anos de Letras”, de Celestino Sachet, e o programa de atividades do primeiro semestre de 2020.

(Confira matéria completa em ND, 08/03/2020)

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