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Trilha para caverna marinha do Pântano do Sul, em Florianópolis, reúne belezas naturais e desafios

A maioria das cavernas de Florianópolis fica concentrada no Sul da Ilha. Para a expedição, muitas vezes é preciso fazer rapel com equipamentos especiais ou escalar paredões de pedras. São formações que, além de belíssimas, ajudam a contar a história da formação geológica do patrimônio espeleológico da Capital.

No maciço costeiro do Pântano do Sul, que é um dos morros entre as praias do Matadeiro, Lagoinha do Leste e canto esquerdo da praia do Pântano do Sul, fica uma das formações mais visitadas e que leva o mesmo nome da praia, a Caverna ou Furna do Pântano do Sul.

Em 2018, a tese de doutorado da pesquisadora Marinês da Silva, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mapeou 25 cavernas marinhas na maciço. Todas são do tipo marinhas.

Para chegar até o local é preciso seguir um trecho de 2 quilômetros, que fica à esquerda da Praia do Pântano do Sul até chegar a uma estrada em direção ao topo do Morro do Pântano. Depois, é preciso entrar na trilha do Regueirão, que passa por um pequeno trecho de Mata Atlântica antes de descer por um costão.

Para os aventureiros que utilizam como traje a bermuda é preciso, ao menos, levar uma boa dose de curativos, por causa da presença de gravatás que estão espalhados na área.

Após o incentivo da filha Brenda, de 17 anos, o vigilante Jocilmar Maestri realizou a trilha acompanhado da mulher, dos filhos e de um primo.

“As outras [trilhas] que tinha era mais limpa, esta aqui é um pouquinho mais fechada, arranha mais. Mas está legal, dá pra caminhar legal”, afirmou.

“Eu vi que ela é meio difícil de fazer, por conta da vegetação que tem. E tem uma descida ali que eu vi que também é meio difícil, que tem umas pedras”, afirmou Brenda.

Para encarar as dificuldades do caminho é recomendável o acompanhamento de guias na expedição, pois há um paredão com mais de 10 metros de altura e dependendo do nível da maré, não é possível fazer a passagem entre as pedras e as ondas do mar.

O professor de inglês Drew Colverd, fez o percurso e explicou que a caverna foi um “achado”. “É maravilhosa esta mistura de vegetação coma as rochas, o mar, a vista maravilhosa. É bem legal, bem bacana, vale a pena”, explicou.

Na descida do paredão próximo do mar, as rochas têm incontáveis fendas. O chão é de cascalho e rochas arredondadas.

Formação geológica
A pesquisa de Marinês mediu as dimensões do maciço: 4,95 metros de largura máxima, 10,85 metros de altura máxima e 13,75 metros de desenvolvimento linear. De acordo com o levantamento feito no estudo, a formação da caverna tem predomínio de rocha ignimbrito, que tem origem vulcânica, que pode ter se formado há até 520 milhões de anos. Milhares de anos mais tarde uma nova atividade vulcânica abriu fendas na rocha, que foram preenchidas por diabásio, que é outra rocha magmática.

Quando o nível do mar era mais alto que o atual, a maré e as ondas erodiram o diabásio. A rocha escura acabou sendo quebrada em partes menores, e quando o mar regrediu ao nível atual a fenda se abriu, virando caverna.

“É lindo porque a gente não tem uma visão, uma ideia das riquezas naturais que a gente tem em Santa Catarina. A gente acha: ‘vamos viajar pra fora, vamos para Europa, vamos para outro lugar”, mas aqui tá cheio de coisas legais pra fazer”, comemora Daiane.

(G1SC, 30/01/2020)

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