Diante de entupimentos recorrentes da rede de esgotos de Ituporanga, que recebeu seu primeiro Sistema Público de Esgotamento Sanitário no ano passado, a CASAN reforça orientações para uso adequado dessa infraestrutura.
Ações operacionais da Companhia mostram uma grande quantidade de resíduos, como plásticos, pedaços de tijolos, fraldas, camisinhas e gordura, entre outros, inadequadamente descartados nas redes coletoras.
“A rede de esgoto não pode ser tratada como lixeira. O descarte de lixo nas tubulações traz problemas sérios para toda cidade, pois a rede não funciona de forma adequada e o esgoto acaba voltando para as casas e para as ruas. Em outras palavras, a rede de esgotamento sanitário não é lixeira”, destaca a chefe do Setor de Operação e Manutenção de Esgoto Sanitário da Superintendência Norte-Vale do Itajaí, Fabiane Tasca Goerl.
Outro problema identificado pela equipe é a ligação de água da chuva no Sistema de Esgoto, o que também compromete o seu funcionamento. “Quando as redes de drenagem e de esgotamento sanitário são interligadas indevidamente, por ligações mal feitas ou mesmo clandestinas, aumentam as chances de extravasamentos”, explica a engenheira.
“É proibido lançar água da chuva nas redes de esgoto, não somente por problemas residenciais como o retorno do esgoto, mas também pelos danos nas estações de tratamento”, complementa.
Providenciar a ligação dos imóveis à rede de esgoto de acordo com os critérios definidos pela CASAN é outra ação fundamental por parte dos moradores para a conservação do ambiente e para promoção da saúde pública no município. Por isto, a CASAN ministrou um curso a encanadores, pedreiros e instaladores hidráulicos de Ituporanga, se seus contatos podem ser obtidos na agência localizada na Rua David Rengel, 33, Centro.
“A eficiência do sistema de esgotamento sanitário depende da participação de todos os envolvidos”, reforça a engenheira sanitarista.
Saiba Mais:
Dicas sobre o uso adequado do Sistema Público de Esgotamento Sanitário
– Não descarte lixo (plásticos, cabelos, camisinhas, cotonetes, etc) no vaso sanitário, nem mesmo papel higiênico. O vaso sanitário não é lixeira.
– Mantenha os ralos de chuveiro, pia e tanque sempre limpos, assim material sólido não será levado para o sistema de esgoto.
– Não despeje óleo de fritura na pia, pois a gordura fica sólida quando esfria, causando obstrução da rede de coleta.
– Recolha o resto de óleo de cozinha em recipientes descartáveis e entregue em pontos de coleta para reciclagem.
– Em residências, verifique periodicamente a caixa de gordura, e se houver excesso muito material incrustado, providencie a limpeza. Em geral, a retirada da parte sólida deve ser realizada a cada seis meses e de forma manual (com auxílio de pequenas pás ou colher), mas esse período pode variar de acordo com os hábitos alimentares da família. O resíduo sólido deve ser descartado no lixo comum, em sacos plásticos.
– Em prédios, bares e restaurantes a limpeza da caixa de gordura precisa ser feita com muito mais frequência, e pode ocorrer mensalmente, semanalmente ou até diariamente, variando em função do número de moradores (no caso de edifícios) e da quantidade e do tipo de alimento que o estabelecimento produz (em caso de lanchonetes e restaurantes).
– Nunca ligue calhas e ralos que recebem água da chuva na rede de esgotos. Nem a rede de coleta, nem a estação de tratamento, são dimensionadas para receber essa água. Esse tipo de ligação sobrecarrega o sistema, pode causar rompimentos e retorno do esgoto para as ruas ou até mesmo para dentro dos imóveis. A água da chuva também sobrecarrega e compromete o funcionamento das estações de tratamento, que são dimensionadas para receber exclusivamente esgoto.
– Direcione a água do tanque e da lavanderia para o sistema de esgoto, jamais para áreas a céu aberto.
– Não retire a tampa dos poços de visitas para escoar a água da chuva. Além de ser um ato de vandalismo, prejudica o serviço público de coleta e tratamento de esgoto e também pode causar acidentes.
– Evite plantar árvores próximas às tubulações de esgoto, pois as raízes podem causar danos à rede.
(Casan, 02/12/2019)
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