O Senado fará uma sessão especial na próxima quinta-feira, dia 21 de novembro, a partir das 14h, para comemorar as quatro décadas da UFSC à frente da gestão das fortalezas da Ilha de Santa Catarina. Atualmente a Universidade é responsável pelo gerenciamento, guarda, manutenção e conservação de três fortalezas históricas do litoral catarinense: Santa Cruz de Anhatomirim, Santo Antônio de Ratones e São José da Ponta Grossa. A sessão comemorativa foi requerida pelos senadores Esperidião Amin, Alvaro Dias, Luis Carlos Heinze, Major Olimpio, Zequinha Marinho, Humberto Costa e Rogério Carvalho.
Construídas pela Coroa Portuguesa a partir de 1739, com a função de guarnecer a entrada da Barra Norte da Ilha, as fortalezas foram projetadas por José da Silva Paes, brigadeiro, engenheiro militar e primeiro governador da capitania de Santa Catarina. As obras deram início ao sistema defensivo da Ilha, que posteriormente foi ampliado com outras dezenas de fortificações, como fortes, baterias e trincheiras. Santa Catarina chegou a somar cerca de quarenta construções similares até o início do século XIX. Porém, ainda na primeira metade daquele século, a maioria das construções já havia desaparecido, por arruinamento, abandono ou demolição.
Na década de 1970, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) começou as obras de restauro na Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim e, ao fim da década, a UFSC assumiu a tutela do monumento por meio de um convênio assinado entre a Universidade, o Iphan e a Marinha do Brasil. A fortaleza foi aberta à visitação pública em 1984. Sete anos mais tarde, as fortalezas de Santo Antônio de Ratones e São José da Ponta Grossa passaram à guarda da UFSC, tendo sido abertas ao público em 1992.
As edificações de Anhatomirim, hoje em área de jurisdição do município de Governador Celso Ramos, e de Ratones, pertencente a Florianópolis, atualmente integram o Conjunto de Fortificações do Brasil, candidato a Patrimônio Mundial. Composto por 19 construções situadas em 10 estados brasileiros, o conjunto está entre os bens que integram a Lista Indicativa brasileira a Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
As fortalezas sob responsabilidade da UFSC encontram-se abertas à visitação pública para a realização de atividades de turismo, educação, cultura e lazer. O projeto de gestão envolve pesquisa oceanográfica, museus, amostras arqueológicas e de objetos recuperados do fundo do mar, além de atividades cíclicas realizadas pelos alunos da instituição. No ano passado, a Universidade registrou 196 mil visitantes nas três unidades.
No endereço fortalezas.ufsc.br, é possível fazer um passeio virtual e saber mais sobre a estrutura de visitação e a história de cada uma das edificações salvaguardadas pela instituição. Informações adicionais sobre as demais fortificações de Santa Catarina, do Brasil e de outros países podem ser acessadas na página fortalezas.org – base de dados internacional sobre patrimônio fortificado, também desenvolvida e gerenciada pela UFSC. A coordenadoria está localizada no pavimento térreo do Centro de Cultura e Eventos, e o contato com o setor pode ser feito pelo telefone (48) 3721-8302.
(UFSC, 13/11/2019)
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