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Da Coluna de Fabio Gadotti (ND, 16/11/2019)

Presidente do Floripa Convention Bureau, que está completando 15 anos, Humberto Freccia afirma que a “insegurança jurídica” continua sendo o principal empecilho para melhorar a infraestrutura turística da cidade. Ele afirma, no entanto, que a situação já melhorou, com um ambiente de mais diálogo entre poder público e empreendedores. “Florianópolis está deixando de ser a cidade do nada pode”, acredita.

A entidade que nasceu com a proposta de quebrar a sazonalidade do turismo de Florianópolis, entre dezembro a março, entra 2020 com a missão de diversificar o cardápio de eventos. No radar, estão os eventos corporativos, da área de agronegócios, de tecnologia e voltados ao público LGBT.

O catarinense Vinícius Lummertz, atual secretário de Turismo de SP, disse há poucos dias que Florianópolis agora tem um aeroporto à altura, mas que a cidade precisa ter atrativos o ano inteiro. Você concorda?
Melhoramos em estrutura, equipamentos e qualificação das pessoas. Hoje temos, no mínimo, seis centros de eventos qualificados para receber congressos que vão de 1,5 mil até 6 mil pessoas. A cidade tem uma rede hoteleira qualificada e diversificada. O aeroporto é o que faltava sob o ponto de vista de captação. Sempre havia uma pergunta sobre as condições do antigo aeroporto – superlotação, embarque e desembarque na chuva etc. O terminal está capacitado além da demanda atual, a cidade é encantadora, mas falta produto estruturado para que o turista saiba o que fazer.As pessoas visitam uma cidade pelo que ela tem a oferecer. É isso que temos que pensar. Temos ótimas condições para trazer as pessoas, precisamos melhorar o nosso produto em terra.

O que falta? Mais diálogo, liderança do poder público, mudança da legislação?
Temos poucos atrativos ainda por causa da insegurança jurídica. Se compararmos com outros locais que têm grandes equipamentos turísticos, são cidades que ofereceram condições seguras para o empresariado investir. Florianópolis tem empresários de fora querendo trazer grandes projetos, mas todo o embate com as questões ambientais acaba inibindo.

Como avançar então?
Acho que é uma questão de vontade política local. Quando a gente tem gestores que negociam, as coisas começam a caminhar. É o que está acontecendo agora. Estamos tendo ótimas notícias nos últimos meses. Felizmente, Florianópolis está deixando de ser a cidade do nada pode. Além da marina, cuja aprovação está sendo conquistada passo a passo, cito o exemplo do engordamento da faixa de areia de Canasvieiras. A segurança jurídica vai vir no momento em que a gente conseguir fazer leis, inclusive locais, que deem também essa condição.

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