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“A Casa d´Agronômica custa muito caro ao contribuinte”, afirma deputado

Da Coluna de Fabio Gadotti (ND, 12/10/2019)

Eleito pelo mesmo PSL do governador Carlos Moisés (PSL), o deputado estadual Jessé Lopes usou suas redes sociais para perguntar a opinião de seus seguidores sobre o uso da Casa d´Agronômica, que custou R$ 1,2 milhão aos cofres públicos de janeiro a agosto. Até agora, 86% dos que se manifestaram na enquete são favoráveis à venda do imóvel.

“Está mais do que na hora do poder público mostrar austeridade e respeito com o pagador de impostos”, afirma Jessé, que conversou com a coluna por telefone na sexta-feira, em meio a uma agenda no município de Criciúma, no Sul do Estado, sua base eleitoral.

Por quê considera importante esse assunto tem estar na pauta do governo e da Alesc?
Desde o início, a ideia era o governador (Carlos Moisés, PSL) não ir morar na Casa d´Agronômica e fazer ali um museu, mas depois da eleição isso mudou. Não vi com bons olhos isso, porque ele foi eleito pelo PSL para fazer diferente. Quando saiu a notícia sobre os gastos da casa do governador e da vice (Daniela Reinehr), me chamou a atenção também a falta de transparência. O portal não tem os gastos detalhados. Aprovei na Alesc um pedido para que o governador providenciasse essas informações, mas elas não foram fornecidas com base no decreto no 1.322/2017, que garantiria sigilo. Estou entrando com um projeto para mudar esse decreto. Ao mesmo tempo, vou trabalhar para que o governo venda a casa, que representa alto custo ao contribuinte. Estou sendo coerente e cobrando que o governo faça o mesmo.

O resultado da enquete, com 86% dos votos favoráveis à venda da casa, era esperado?
Surpreendeu um pouco. Sabia que a maioria seria pela venda da casa, mas não com uma diferença tão grande.

Quais os principais argumentos em defesa da venda?
A casa tem um valor agregado, pela localização e pelo tamanho. Acho que dá para vender tranquilamente por cerca de R$ 80 milhões, valor suficiente para reformar escolas no Estado inteiro. Com o salário que recebe, o governador pode alugar ou comprar uma casa. No caso da vice, que ganha menos, talvez seja o caso de um auxílio-moradia.

É uma questão mais de moralidade ou de atenção com os gastos públicos?
As duas coisas. Hoje em dia não é porque é legal que deixa de ser imoral. Está mais do que na hora do poder público mostrar austeridade e respeito com o pagador de impostos. E cortar gastos e privilégios.

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