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Temporada da pesca da tainha termina nesta quarta-feira com números abaixo da expectativa

A temporada de tainha termina nesta quarta-feira (31) no território brasileiro com a sensação de frustração entre os pescadores catarinenses, tanto artesanais como industriais. A safra de 2019 foi menor do que a esperada para a pesca de arrasto na praia, e teve um mês a menos para a pesca industrial.

Na praia, a atividade tão tradicional, termina com um gostinho amargo. De acordo com o presidente da Federação dos Pescadores do Estado de Santa Catarina (Fepesc), Ivo da Silva, até as 14 horas desta quarta, a pesca artesanal havia chegado a 1.157 toneladas de tainha.

O número é bem mais baixo do que estava sendo previsto para o ano, que era de pelo menos duas toneladas de tainha – quantidade, inclusive, que foi registrada em 2018. A título de comparação, em 2017 foram 1.506 toneladas.

Para o presidente da federação, alguns fatores contribuíram para esta queda em 2019, e o principal deles é o clima.

— O frio veio com menos intensidade, com menos vento sul. As águas estavam quentes no Rio Grande do Sul, e muito peixe deixou de subir e vir para Santa Catarina. Mesmo assim, muitas comunidades pesqueiras no Estado, como em São Francisco do Sul, Barra do Sul, Balneário Camboriú, Palhoça, Garopaba, registraram arrastos de proporções significativas, que não nos deixam tão preocupados — explicou Ivo da Silva.

A tainha pescada no Estado vem, em sua maioria, da região da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul. No inverno é costumeiro o peixe procurar águas mais quentes para fazer a desova, fazendo os cardumes passarem por Santa Catarina. Mas como o inverno no estado gaúcho também foi atípico e as águas estavam mais quentes por lá, muitos peixes sequer deixaram o local, observa Ivo da Silva.

(Leia matéria completa em NSC, 31/07/2019)

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