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Foz do Rio Capivari está própria em terceira análise consecutiva de balneabilidade

Em terceira análise consecutiva, a foz do Rio Capivari em Ingleses aparece própria para banho. Os dados são do Instituto do Meio Ambiente (IMA) de Santa Catarina. A coleta da água foi realizada na última segunda-feira (22) e mostrou que houve, inclusive, uma diminuição na presença de coliformes fecais a cada 100 ml. Na análise anterior foram 98 e agora apenas 10, quando o limite para a água deixar de ser balneável é 800. Foram, ao todo, 14 resultados ruins de balneabilidade desde janeiro de 2019.

Segundo o IMA, a condição de ‘própria para banho’ só é aplicada quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras coletadas nas últimas cinco semanas anteriores, no mesmo local, houver no máximo 800 Escherichia coli (coliformes fecais) por 100 ml. A foz do Rio Capivari é o ponto onde houve maior quantidade de análises impróprias para banho desde janeiro, quando o movimento é maior na região. As amostras apontam que, durante todo o mês de janeiro e parte de fevereiro, o índice de poluição ficou 29 vezes acima do limite máximo para a água ser balneável.

Todos os demais pontos de Ingleses estão próprios. Nesta análise, apenas o ponto na lagoa de Ponta das Canas está impróprio. Em Florianópolis, dos 85 locais verificados, 67 estão adequados para banho de mar, o que representa 78,8%. No restante do litoral, dos 144 pontos onde é feita a pesquisa, em 108 recomenda-se o mergulho. Em relação ao relatório anterior, divulgado na última semana de junho,seis pontos passaram da condição de próprio para impróprio e sete pontos de impróprio para próprio.

Em todo o Estado, 76,4% dos pontos analisados estão próprios para banho. A pesquisa de balneabilidade monitora 229 pontos dos 500 quilômetros da costa catarinense. O IMA recomenda a análise dos pontos pelo site, já que muitas placas na beira das praias são danificadas, vandalizadas, queimadas e até retiradas para evitar que a informação sobre a qualidade da água seja divulgada.

Inquérito do Ministério Público

A Prefeitura de Florianópolis e a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) respondem a um inquérito civil no Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e são apontadas como responsáveis pela poluição do Rio Capivari. A denúncia foi feita pela Associação dos Moradores de Ingleses (AMI). A última movimentação do processo ocorreu em junho, quando foram enviados novos documentos. O material está em análise na 32ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital que atua na área do meio ambiente. O caso está nas mãos do promotor Alceu Rocha.

(Jornal Conexão, 31/07/2019)

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