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Anita Pires

Anita Pires

Artigo de Anita Pires, presidente da Associação FloripAmanhã e coordenadora da Rede Ver a Cidade Florianópolis.

A história da participação so­cial em Florianópolis mostra que vivemos um momento muito rico. O protagonismo das pessoas e organizações, a capaci­dade de diálogo e alianças público privadas estão cada vez mais pre­sentes. E isso é fundamental pois a cidade necessita de instrumentos e organizações associativas mo­bilizadas pensando e construindo coletivamente o futuro da cidade. Hoje temos redes de pessoas e as­sociações debatendo e planejando diariamente projetos, ações e ins­trumentos para enfrentar a crise e construir cada vez mais bem estar social para todos.

A Rede Ver a Cidade (Rede de Mo­nitoramento Cidadão) de Florianó­polis é uma dessas ferramentas que a cidade já se apossou para acom­panhar o desempenho dos serviços públicos e da qualidade de vida no município. A Rede realiza a capta­ção e a análise de 158 indicadores, divididos nas dimensões ambien­tal, urbana e fiscal.

Esses indicadores são levantados pelo Grupo de Monitoramento, coordenado pela FloripAmanhã, analisados por um Grupo de Inte­ligência coordenado pela UFSC e apresentados para a sociedade civil organizada e a Prefeitura de Floria­nópolis.

O objetivo é orientar a construção de políticas públicas a partir desses indicadores e contribuir para uma maior transparência na gestão pú­blica. Pelo segundo ano, em parceria com Acaert, UFSC e Floripamanhã, a Rede Ver a Cidade apresentou o re­sultado desse trabalho no Relatório de Acompanhamento de Progresso dos Indicadores – RAPI 2018, dispo­nível para download no link http:// floripamanha.org/publicacoes. Os resultados foram animadores!

Houve melhoria nos indicadores de Desigualdade Urbana, Conectivida­de, Saúde, Educação e Gestão Par­ticipativa. Já nos indicadores nega­tivos podemos citar o esgotamento sanitário, drenagem, energia e dí­vida pública. A partir dessas infor­mações, estamos construindo uma nova cultura de olhar e conhecer a cidade. E dessa forma, a socieda­de pode ter uma participação mais efetiva no controle da qualidade de vida e de bem estar social. Para a gestão pública essas informações são fundamentais, pois não existe gestão sem informação.

(ND, 03/07/2019)

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