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Economia Criativa, baseada em produção intelectual e que inclui setores como entretenimento, moda, esportes, desenvolvimento de softwares e jogos e produção de eventos, é uma das maiores geradoras de emprego e renda da atualidade. O último relatório da Conferência das Nações Unidas Sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) mostra que o valor do mercado global para bens criativos duplicou em 13 anos, passando de 208 bilhões de dólares, em 2002, para 509 bilhões de dólares em 2015. Estima-se que a Economia Criativa gere em torno de 30 milhões de empregos ao redor do mundo.

No Brasil, algumas capitais apresentam especial potencial para o desenvolvimento de negócios ligados à Economia Criativa. Mas quais estão mais preparadas para assumir a vanguarda nessa área e fazer da Economia Criativa seu principal motor de crescimento?

Responder a essa questão é o objetivo do Índice de Desenvolvimento do Potencial da Economia Criativa (IDPEC), concebido pelo Laboratório de Economia Criativa e pelo Laboratório de Cidades Criativas da ESPM Rio.  Os pesquisadores João Luiz de Figueiredo, Diego Santos, Diogo Robaina e Cristina Couri incorporaram ao índice, além das atividades produtivas típicas da Economia Criativa, dados de outros três indicadores: Disponibilidade de Talento, Atratividade e Conexões e Ambiente Cultural e Empreendedorismo Criativo.

Florianópolis: líder do ranking

Florianópolis, capital de Santa Catarina, é a líder do ranking de potencial de desenvolvimento na área entre as capitais brasileiras. Em seguida, vêm Vitória, no Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.

A presença de cidades do Sul e Sudeste no topo dessa lista é explicada, sobretudo, pela maior pontuação no indicador Disponibilidade de Talento. Nessas regiões, existe a maior concentração de profissionais de alta qualificação, além da presença de faculdades, universidades e centros de estudo de primeira linha.

Florianópolis é líder também nos indicadores que medem a capacidade de atratividade e conectividade e o dinamismo da economia. “A cidade apresenta os melhores resultados nas três dimensões analisadas”, diz João Figueiredo, Coordenador do Laboratório de Economia Criativa da ESPM Rio. “Destaca-se como a capital brasileira com maior proporção de adultos com curso superior; o melhor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano); e a maior proporção de depósitos de patentes per capita. Esses resultados exemplificam o potencial de Florianópolis em desenvolver a sua economia criativa, pois há talento, qualidade de vida e inovação. ”

A pesquisa Índice de Desenvolvimento do Potencial da Economia Criativa faz parte dos produtos do Think Rio ESPM, think tank autônomo e independente, dedicado aos estudos sobre a cidade do Rio de Janeiro.

(Acontecendo Aqui, 26/06/2019)

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