A abertura contou com a presença e constaram da mesa solene o Senador Esperidião Amin Helou Filho, da deputada Federal Ângela Heizen Amin, do Presidente do CREA SC eng Agrônomo Ari Geraldo Neumann, bem como o Presidente da ACE Eng. Civil Carlos Koyti Nakazima e o coordenador geral do evento, Prof. Roberto de Oliveira* (Coordenador Geral do COMDES e Diretor Técnico de Atividades Técnicas e Culturais licenciado da ACE) que fizeram uso da palavra. O evento ocorreu nos dias 6 e 7 de maio na sede da ACE, no bairro Coqueiros, em Florianópolis.
O presidente da ACE abriu o evento e passou a palavra ao Coordenador geral do COMDES, à Deputada Federal Ângela Heizen Amin, ao Senador Esperidião Amin e ao o Presidente do CREA-SC.
Após as falas de praxe, foi iniciado o evento com a apresentação do professor Angelo Arruda que falou sobre os problemas urbanísticos de Florianópolis que levam a figurar no décimo lugar entre as melhores cidades do Brasil dentre setenta avaliadas.
Destacou a importância da gestão de cidades por resultados dizendo que se nossa cidade melhorasse apenas um pouco na questão da mobilidade urbana, seríamos a segunda, quiçá a primeira neste quesito.
Em seguida, o Eng. José Carlos Rauen, Presidente do SENGE apresentou uma visão atual para resolução de problemas pontuais de mobilidade de fácil resolução no sentido da revascularização do tráfego.
Muito mais sério que este problema trata-se da insegurança jurídica que perpassa o empreendedor, mas o fato pouco divulgado é a responsabilização do funcionário público pelo judiciário em muitos órgãos; o técnico chega ter seu salário e muitas vezes seus bens postos à risco por eventuais irregularidades, muitas, senão na maioria das vezes cometidas de boa fé. Isto reduz a velocidade de resposta dos serviços públicos às demandas da população, agravando o sentimento generalizado de insegurança jurídica na cidade, bem como provocando perdas de arrecadação pela tendência à informalidade geral.
Após o intervalo a questão da infraestrutura se abordou particularmente em soluções econômicas e inovadoras. Mesmo a nível internacional, se apresentou com o Doutor Eng. Aloisio Pereira da Silva o sistema INFRAVIAS.
De fácil execução, uso e mais ainda em manutenção, está sendo procurado em diversos locais do mundo para seu uso. No entanto, este sistema inovador necessita de gestão compartilhada, tendo em vista a reação das concessionárias a esta novidade. Isto foi abordado na palestra seguinte onde a AMCA—Agência Municipal de Cadastro—se propõe a acabar com as desconexão entre as diversas empresas que operam na cidade que provocam grandes prejuízos à mobilidade (pela constante interrupção de vias urbanas, calçadas e pistas de rolamento) pois estas não se “conversam” e realizam serviços sem aviso tanto à população, quanto às outras que serão, muitas e com bastante frequência danificadas.
Após o intervalo, o Prof. Roberto de Oliveira – Coordenador Geral do COMDES discorreu como os custos destas utilidades impactam na cidade, bem como sua inviabilidade econômica, ambiental e social. Cidades muito espalhadas no espaço—como a nossa—representam uma época em que se desenhavam cidades para serem belas vista de cima. O exemplo das baixas densidades (7 habitantes por hectare) aqui praticadas inviabilizam não só o transporte coletivo, mas também os serviços de coleta de resíduos sólidos, esgotamento sanitário, drenagem, além de provocar lenta ruptura social pelas distâncias entre as pessoas.
A seguir, uma intervenção do Observatório da Mobilidade Urbana da UFSC no eixo do transporte coletivo, o coordenador do, Prof. doutor Bernardo Meyer, discorreu sobre a logística integrada de transporte coletivo, no caso, apenas na parte continental da área metropolitana. Foi seguido pelo Prof. Doutor Werner Krauss Jr que apresentou esta entidade parceira do evento e sua atuação junto à SUDERF e outros municípios.
No dia seguinte entrou com maiores detalhes, mostrando anteprojeto das estações de BRT nos locais mais importantes da área metropolitana. Depois, o assim chamado supersecretário da mobilidade da cidade de Florianópolis, muito bem afinado com o ideário do evento descreveu os dez eixos temáticos da gestão integrada da Prefeitura de Florianópolis.
Para mostrar outras opções que não apenas a rodoviária, o Eng. Rodolfo Philippi, do LabTRans (da UFSC) falou sobre transporte coletivo regional sobre trilhos, já que no interior da ilha se sabe ser inviável por diversos motivos. Também que nossa área metropolitana está se “afogando” pelo estrangulamento da BR 101. Em seguida veio outra grande necessidade, por Leandro “mané“ Ferrari – Diretor de Planejamento e Desenvolvimento Turístico da SANTUR discorrendo sobre transporte marítimo. Depois, o Prof. Doutor Eduardo Lobo lançou o desafio da modernidade sobre Integração Logística e Mobilidade Urbana, no caso estendendo-se inclusive ao transporte ferroviário. Na questão básica de pavimentação, outra infraestrutura em crítica, o Eng. Dejalma Frasson—da ABCP—apresentou as grandes vantagens do pavimento em concreto de cimento Portland. A discussão de temas sensíveis das áreas metropolitanas em conjunto com as legislações mais atuais, a Eng. Lúcia Mendonça discorreu sobre Estatuto da Metrópole e Mobilidade Urbana.
Para o encerramento, contou-se com a presença do Secretário da Infraestrutura do SC, coronel engenheiro Carlos Hassler que fez uma apresentação dos problemas e apontou soluções. Seguiu-se a uma sabatina sobre o que mais se comenta atualmente, como o acesso ao sul da ilha, bem como a reestruturação da pasta pela absorção do DEINFRA.
Finalizando, o evento foi um sucesso em termos de público e da qualidade das apresentações e nível de seus apresentadores.
Na condição de Diretor Técnico e de Atividades Culturais da ACE (Licenciado) e de Coordenador geral do COMDES, parabenizo a nossa entidade e este Comitê metropolitano pelo desenvolvimento deste grande projeto que visa a melhoria e segurança da comunidade no aspecto de transporte e mobilidade urbana.
(COMDES, 08/05/2019)
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