Pesquisadores do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) estão realizando uma pesquisa on-line com a população de Florianópolis e região sobre mobilidade sustentável. O objetivo é atualizar um estudo semelhante realizado em 2016, que trouxe conclusões importantes, mas que já apresenta limites por causa das mudanças no cenário de mobilidade da cidade.
Qualquer pessoa pode colaborar respondendo a um formulário on-line disponível em bit.ly/mobilidadesustentavel2019. O formulário pode ser acessado a partir de computadores (onde é melhor visualizado) ou dispositivos móveis, como celulares e tablets. Embora o foco da pesquisa seja a cidade de Florianópolis, moradores de qualquer lugar do Brasil também podem responder, ampliando a base de dados do estudo.
Brasil e Itália
O estudo também será aplicado, com a mesma metodologia, nas cidades de Natal (RN) e Veneza (Itália), permitindo também análises comparativas. O grupo de pesquisadores à frente desse trabalho inclui os professores Daniel Pinheiro e Eduardo Jara (Udesc Esag), João Florêncio da Costa Júnior, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Pietro Lanzini, da Universidade Ca’ Foscari (Veneza, Itália).
“Nosso foco está no comportamento e escolhas individuais quanto ao modo de deslocamento, e ajudará, inclusive, na proposição de políticas públicas de mobilidade que considerem não apenas a infraestrutura, o investimento e o tipo de transporte, mas também as escolhas pessoais”, explica o professor Daniel Pinheiro. Os pesquisadores querem saber não apenas como as pessoas se deslocam, mas como o fariam se houvesse outros meios disponíveis.
Florianópolis
A pesquisa realizada em 2016 em Florianópolis e região, condicionada às condições de mobilidade naquele momento na cidade, chegou a algumas conclusões importantes. A primeira é a de que as pessoas não enxergam opções confiáveis para mudar a maneira como se deslocam pela Capital, principalmente se isso significar deixar o carro na garagem.
Os pesquisadores concluíram então que é preciso considerar novos modelos no planejamento das políticas de mobilidade da cidade, mais sustentáveis. Além disso, os gestores municipais precisam fazer escolhas difíceis, especialmente em relação aos meios de deslocamento das pessoas, priorização de espaços e incentivo ao transporte coletivo.
“É preciso um novo modelo de mobilidade, que represente uma maior integração dos anseios econômicos, políticos, sociais e ambientais da cidade”, afirma Pinheiro, citando mais uma das conclusões do estudo de 2016.
Mais informações
Essas conclusões foram publicadas no ano passado em artigo científico com resultados parciais (working paper) na Universidade Ca’Foscari de Veneza, Itália (disponível apenas em inglês): Sustainable mobility in Florianópolis: A commuter based empirical investigation.
Mais informações podem ser obtidas com o professor Daniel Pinheiro, da Udesc Esag, pelo e-mail daniel.pinheiro@udesc.br.
(Udesc, 08/04/2019)
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