Em diferentes momentos, o ND desfraldou bandeiras em defesa das causas de Florianópolis, mas também tomou a iniciativa de entregar a candidatos a cargos eletivos sugestões na campanha ou depois de pleitos concluídos na cidade e no Estado.
Numa dessas ocasiões, na edição de 27 de outubro de 2016, o jornal reproduziu em suas páginas uma lista de dez propostas que o Grupo RIC considerava relevantes para solucionar problemas e melhorar a qualidade de vida na Capital.
Um pouco antes disso, o ND já havia publicado uma lista de temas que frequentavam o rol de desafios da cidade, como Plano Diretor, balneabilidade, saneamento, construções e ocupações ilegais, creches e transporte coletivo.
Companhia deficitária, com problemas de gestão, estrutura inchada e despendendo 95% de seu orçamento com a folha dos servidores, a Comcap poderia se tornar mais eficiente caso fosse privatizada, adotando o modelo de outras cidades catarinenses onde o serviço de coleta de lixo era mais eficiente e mais barato para os cofres municipais.
A SC-401 e a SC-405 são grandes avenidas que recebem tráfego intenso durante todo o ano, mas, administradas pelo governo do Estado, não recebem a devida atenção em manutenção, sinalização, ciclovias e fiscalização. Passando para o município, poderiam receber semáforos, faixas para pedestres e o tratamento dispensado às demais vias urbanas.
A ideia era instituir uma taxa, a exemplo do que ocorre em outras cidades turísticas, para que os visitantes contribuíssem para a formação de um fundo que ajudaria a prover as obras de infraestrutura necessárias em Florianópolis. Com os recursos arrecadados seria possível melhorar a mobilidade, os acessos e serviços de saúde, segurança, água e esgoto.
O Grupo RIC chegou a contratar um escritório de engenharia e urbanismo para elaborar o estudo de uma marina na cidade e o apresentou ao então prefeito Cesar Souza Júnior, que fez os encaminhamentos necessários. O projeto avançou, mas ainda não se tornou realidade. É necessário dar continuidade à proposta, que provocaria uma transformação urbana e beneficiaria a população e os visitantes.
A inviabilização da construção de um grande empreendimento hoteleiro na Ponta do Coral causa enorme prejuízo para o turismo e a economia da Capital. Caberia à administração municipal se posicionar de forma mais ostensiva, porque a área é particular e poderia, recebendo um hotel de grandes proporções, gerar emprego e renda para a cidade.
Defesa do redirecionamento do crescimento da cidade, afetada pela expansão desordenada das construções, loteamentos e da frota de veículos. A solução seria um Plano Diretor com visão de futuro, permitindo a verticalização em algumas áreas e a preservação em partes da Ilha com ecossistemas vulneráveis, com o objetivo de preservar os recursos naturais.
Instalado em área que se urbanizou rapidamente, o Complexo Penitenciário da Agronômica precisaria ser transferido para outro município, mas a ideia enfrenta a resistência de políticos e das populações locais. A sugestão era transformar a área num complexo de lazer, levando a penitenciária para um lugar onde não representasse risco para os moradores do entorno.
Era preciso apressar o debate sobre o alargamento da via que liga a Ilha à BR-101. Com tráfego diário de mais de 120 mil veículos, a Expressa é um dos principais gargalos da Grande Florianópolis e sua sobrecarga aumenta os riscos de acidentes graves. Uma sugestão era asfaltar as faixas de acostamento das duas pistas e utilizar o sistema de faixas reversíveis, como já ocorria na SC-405. No ano passado, o Dnit deu início à construção da terceira pista nos dois sentidos da rodovia.
Com o problema da sobrecarga nas pontes, a ligação entre Ilha e Continente representa um desafio à mobilidade urbana. Uma das ideias era criar novos modais de transporte; outra, mudar para o Continente as conexões de ônibus intermunicipais e interestaduais. O Terminal Rita Maria seria transferido para a inciativa privada e manteria suas funções, mas com demanda inferior à atual.
Florianópolis carece de normas rígidas para a publidade externa (outdors, cartazes e outros equipamentos de propaganda), que não deve ofuscar as belezas da cidade. O projeto Cidade Limpa, de 2013, era uma boa solução, mas foi deturpada por agentes públicos e empresários pegos na Operação Ave de Rapina, da Polícia Federal. O Grupo RIC defende uma solução que atenda às reais necessidades da cidade.
(ND, 13/03/2019)
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