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Contrato com construtora do Contorno Viário da Capital é rescindido e empresa será substituída

Após paralisação sem aviso prévio das obras, a Arteris Litoral Sul decidiu romper o contrato com a construtora Salini Impregilo. A empresa era responsável pela construção de 30 dos 50 quilômetros previstos do Contorno Viário da Grande Florianópolis, obra para desafogar o trânsito da região.

A decisão foi anunciada na tarde desta quarta-feira (9) pela concessionária, que administra o trecho e a construção das novas faixas, depois de nova paralisação das atividades pela construtora e sem aviso prévio na terça-feira. Em nota, a Arteris diz que “notificou a construtora Salini Impregilo sobre a rescisão do contrato e já está em processo de uma nova contratação para substituir a operação nas obras do Contorno de Florianópolis”. Mas ainda não há prazo para as obras serem retomadas.

A concessionária garante que não haverá atraso no cronograma de entrega do Contorno, que está mantido para 2021. Acrescenta que ainda neste mês irá iniciar as obras do Contorno no Trecho Sul da nova rodovia, em Palhoça, na região onde serão implantados seis túneis.

A reportagem entrou em contato com a construtora, mas ninguém atendeu as ligações. Sobre a paralisação de terça, a empresa informou que foi motivada por impasses com a Arteris, mas não deu detalhes.

ANTT notifica Arteris
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), por sua vez, notificou nesta quarta-feira a concessionária Autopista Litoral Sul, solicitando esclarecimentos sobre a paralisação das obras do contorno de Florianópolis. No ofício, a Agência enfatizou a obrigatoriedade do cumprimento do cronograma e necessidade da retomada da obra e lembrou que possíveis atrasos podem acarretar penalidades previstas em contrato, como multas.

A ANTT diz que está acompanhando de perto a situação e “atua para assegurar a entrega dessa importante obra prevista em contrato”, acrescenta em nota.

Obras em ritmo lento
O Contorno Viário da Grande Florianópolis tem o objetivo de desviar o tráfego de longa distância que atualmente passa na BR-101 na região de Florianópolis. As novas faixas devem ser usadas, principalmente, para desviar o tráfego de caminhões pesados que atualmente precisam cortar as regiões centrais de Biguaçu, São José e Palhoça e que complicam ainda mais o trânsito.

Estudos realizados preveem redução de aproximadamente 20% na intensidade desse tráfego. Mas as obras, que inicialmente deveriam ficar prontas em 2012, enfrentaram diferentes problemas ao longo dos últimos anos.

Em novembro do ano passado a Construtora Salini Impregilo decidiu demitir funcionários e reduzir o ritmo das atividades. De acordo com a Arteris, a construtora alegou que não tinha condições financeiras para seguir executando o contrato. A concessionária afirmou, no entanto, que os repasses de dinheiro para a Salini Impregilo estão em dia.

Já em outubro deste ano, os funcionários da Salini Impregilo entraram em greve. Os trabalhadores exigiam reajuste de salários. Os trabalhos obras ficaram parados por 11 dias, até que a Justiça do Trabalho determinou multa diária aos trabalhadores, caso mantivessem o protesto.

(NSC, 09/01/2018)

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