O Laboratório de Tecnologias de Gestão da UDESC/ESAG faz um convite aos cidadãos de Florianópolis para conheçam o ParticiPACT, um aplicativo para o registro de problemas urbanos que pode ser baixado gratuitamente no celular.
Depois de instalar o APP, o usuário pode registrar os problemas de Florianópolis, apontando no mapa o local da ocorrência e descrevendo-a em texto, áudio e/ou vídeo. Os registros poderão ser visualizados no mapa no próprio aplicativo e no portal ParticipACT
O ParticipACT Brasil é um projeto de pesquisa desenvolvido pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Universidade de Bologna (UNIBO), da Itália e que conta com o apoio da ACATE.
O objetivo do projeto é explorar as tecnologias da informação e da comunicação (TICs) para estruturar grandes bancos de dados (big data) e, com isso, melhorar a gestão de cidades inteligentes.
Sobre o projeto
Buraco na rua, ônibus que atrasa, falta de sinalização adequada nas vias, lixo exposto. Estas e tantas outras questões da rotina urbana poderão ser relatadas pela população de Florianópolis por meio do aplicativo ParticipACT, que pode ser baixado gratuitamente no celular. O ParticipACT foi desenvolvido pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), em parceria com outras duas instituições – Universidade de Bologna (UNIBO), que desde 2012 executa projeto semelhante na Itália, e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC). O projeto também conta com apoio de entidades como a CDL Florianópolis, a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF), e Associação FloripAmanhã, além de empresas do polo tecnológico de Florianópolis como Neoway e Softplan.
O aplicativo é resultado de uma pesquisa do Laboratório de Tecnologias de Gestão (LabGES) do Programa de Pós-Graduação em Administração do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (ESAG) e permite que os cidadãos registrem problemas relacionados às áreas de transporte e mobilidade, segurança, acessibilidade, meio ambiente e animais, infraestrutura, social e outros, contribuindo para a gestão eficiente de cidades. O ParticipACT Brasil é um projeto de pesquisa acadêmica que busca a gestão eficiente e participativa de cidades inteligentes por meio de uma plataforma de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Entre os objetivos do projeto, está a implantação de um big data com dados de organizações públicas e privadas, além dos dados coletados de forma participativa e colaborativa pelos cidadãos, com o suporte de um sistema de mobile crowdsensing (MCS).
Como funciona
Depois de instalar o APP, o usuário pode registrar os problemas da cidade, apontando no mapa o local da ocorrência e descrevendo-a em texto, áudio e/ou vídeo. Os registros poderão ser visualizados no mapa no próprio aplicativo e no portal ParticipACT. O cidadão também pode deixar, por determinado tempo, alguns sensores do celular ligados para que o próprio aplicativo colete informações sobre trajeto, tempos de parada e outras informações que formarão um grande banco de dados sobre a cidade, e que será estudado em pesquisas dos hábitos de mobilidade urbana. “O registro automático é feito individualmente, mas os dados são coletivamente analisados. Com a análise dos dados será possível conhecer os pontos de concentração e as rotas de deslocamento das pessoas nos períodos do dia e da semana, identificando grupos com hábitos de mobilidade semelhantes”, explica o professor Carlos De Rolt, coordenador do projeto.
O objetivo é formar uma comunidade virtual composta por cidadãos preocupados em melhorar a qualidade de vida na cidade, utilizando de forma inteligente o poder das tecnologias inovadoras (internet das coisas, por exemplo). Com o levantamento e cruzamento de dados, gestores públicos, pesquisadores e a população terão um entendimento mais claro dos problemas, e as soluções poderão ser encaminhadas com base em informações consistentes e confiáveis. Diferentemente das demais redes sociais o ParticipACT pertencerá aos seus usuários, pois o seu desenvolvimento contínuo será resultado de uma cooperação entre universidades, empresa e cidadãos.
Parcerias com serviços públicos
Nesta primeira fase, a equipe do projeto está trabalhando na divulgação do aplicativo junto à população para conquistar os voluntários que irão abastecer o sistema com os relatos dos problemas urbanos. Outra frente de trabalho dos pesquisadores é o cruzamento de bases de dados da cidade, como consumo de energia elétrica, produção de lixo, tráfego de veículos, acidentes de trânsito, violência urbana, entre outros. Para isso, além de contar com a ação voluntária dos usuários que baixam o aplicativo e fazem os registros, o Laboratório de Gestão da UDESC/ESAG já firmou alguns convênios com empresas de serviços públicos, integrando os bancos de dados das concessionárias ao banco de dados do ParticipACT.
“O mérito da plataforma está em fechar o ciclo entre cenários virtuais e reais de uma cidade inteligente, facilitando a governança eletrônica e ampliando o senso de pertencimento dos cidadãos, já que os processos envolvem a participação direta de todos, cidadãos, técnicos e políticos”, explicam os pesquisadores da UDESC. O ParticipACT vem sendo apresentado às diversas entidades da cidade que também estão demonstrando apoio e colaborando com a pesquisa.
Dados seguros
O ParticipACT Brasil conta com uma rígida política de privacidade. Todos os níveis de acesso aos dados do usuário precisam ser ativamente autorizados para o aplicativo ser habilitado. É assegurado aos voluntários cadastrados que seus dados não serão utilizados para fins comerciais ou de marketing, tampouco serão vendidos ou disponibilizados para outros fins que não o atendimento dos objetivos do ParticipACT Brasil. Assegura-se também que serão analisados dados e comportamentos individuais. Todas as análises do ParticipACT Brasil objetivam entender e estudar problemas urbanos da cidade de Florianópolis.
(CDL, 09/10/2018)
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