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Da Coluna de Estela Benetti (NSC, 17/09/2018)

Serviços de mídia, inteligência artificial, internet das coisas, design, produções audiovisuais, conhecimento via mundo digital, produtos culturais em nuvem, interação com a indústria tradicional e outros setores. Atenta às oportunidades de geração de negócios e renda por meio da indústria criativa, a Federação das Indústrias do Estado (Fiesc) divulgou sexta-feira estudo segundo o qual Santa Catarina detém o quarto lugar nacional nesse setor, respondendo por 2,3% deste Produto Interno Bruto (PIB). Esta é mais uma iniciativa da federação dentro do Programa de Desenvolvimento da Indústria Catarinense (PDIC) voltado a setores portadores de futuro.

No Brasil, a indústria criativa tem 239 mil empresas que respondem por 2,64% do PIB nacional (dados de 2015). São Paulo lidera, com 3,9%, seguido pelo Rio, com 3,7%, e Distrito Federal, com 3,1%. Depois vem SC com 1.545 empresas que em 2016 ofereciam 9.470 empregos diretos. Segundo o estudo, a maioria é de pequenas empresas. Elas oferecem 49% dos postos de trabalho. As micro respondem por 32%, as de médio porte, 6%, e as de grande porte, por 13%. Do total de empregos, 43,7% são nas atividades ligadas a rádio e televisão, 28,3% em publicidade e pesquisa, 11,8 em dição, 10,9% são em atividades cinematográficas e 5,3% em atividades artísticas.

A distribuição desta indústria criativa no Estado não surpreende. A Grande Florianópolis lidera com 27,9%, seguida por Vale do Itajaí com 22,3%, Oeste, 19,9%, Norte, 12,8%, Sul, 11,6% e Região Serrana, 5,6%.

– Os dados são relevantes. Mas, mais importante do que as estatísticas, é olhar para a indústria criativa pelo potencial que tem de impulsionar também outros segmentos industriais. Em Santa Catarina, particularmente, o setor de tecnologia da informação e a área de design cumprem fortemente este papel. Além disso, no atual cenário de concorrência cada vez mais acirrada, criatividade e inovação passam a ser palavras-chave na busca da diferenciação e de valor para os produtos – disse o presidente da Fiesc, Mario Aguiar.

Entre os exemplos recentes da indústria convencional com a criativa estão a série Mundo Ripilica, da Marisol, que colocou a personagem Lilica Ripilica no cinema infantil; e a Klabin, que, por meio de realidade virtual e drones, ofereceu em São Paulo um incrível passeio virtual nas florestas de SC e PR.

Tendências
Para o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, os dados mostram que a população precisa se mobilizar para essa transformação acontecer. E segundo o presidente da Acate, Daniel Leipnitz, a economia criativa será uma das que mais vão empregar no futuro. Na tecnologia nada se cria sem a criatividade, alerta ele. As principais tendências tecnológicas identificadas no Estudo são a internet das coisas, inteligência artificial aplicada à mídia e realidade virtual massificada. Como novos modelos de negócios, a transmídia, OTT contente, mídia programática, content commerce e turismo criativo.

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