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Por problemas na infraestrutura, Museu de Arqueologia da UFSC suspende atendimento ao público

O Museu de Arqueologia e Etnologia (MarquE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, fechou as portas para o público nesta segunda-feira (10), sem data para reabertura. Há preocupação com a infraestrutura do prédio. O reitor da universidade, Ubaldo Balthazar, afirmou que fará visita na próxima semana.

A decisão ocorreu uma semana depois do incêndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Segundo a direção do MarquE, a infraestrutura do prédio ameaça a segurança dos visitantes e a conservação do acervo. O Museu de Arqueologia e Etnologia também está sem alvará dos bombeiros.

Museu
O museu preserva a história dos povos que já viveram em Santa Catarina. No local, está a maior coleção de arqueologia e etnologia indígena do Sul do país. O acervo tem ao menos 40 mil peças. Entre elas, cerca de 3,5 mil obras do folclorista Franklin Cascaes.

“A gente desenvolve muitos projetos de pesquisa, ensino e extensão, visto que é um museu universitário. Recebe muitos estudantes da rede pública e privada, estadual e municipal, faz muita formação. Muitos projetos são desenvolvidos, inclusive teses de doutorado e dissertações de mestrado”, explicou a diretora do museu Luciana Silveira Cardoso.

Há pouco mais de cinco anos, o museu ganhou um novo prédio, que apresenta problemas. A cobertura do terraço está cheia de ferrugem. Na área de exposições, há infiltração e goteiras. Com isso, as lâmpadas foram retiradas devido à água que pingava do teto.

Os problemas começaram a aparecer há cerca de três anos. A direção da universidade foi avisada várias vezes.

“Tudo que aconteceu no Museu Nacional fez a gente repensar o que tem sido feito aqui na universidade em termos de segurança de pessoas e acervos e até, nesse sentido, a gente resolveu não mais correr esse risco, de colocar tanto as pessoas quanto o acervo em risco”, explicou o museólogo Lucas Figueiredo Lopes.

“A gente tem que implementar uma brigada de incêndio, valorar esse acervo, saber o que é salvo em caso de sinistro”, disse a restauradora Vanilde Ghizoni.

O Museu de Arqueologia e Etnologia está vinculado à Reitoria da UFSC. Na semana passada, a direção enviou uma carta ao reitor informando sobre o fechamento.

“Nós não encontramos, nos últimos três anos, nenhum memorando que faça reivindicações de melhorias no museu. Na segunda que vem, vou fazer uma visita ao museu. Quero ver in loco o que está acontecendo, vamos ver o que será possível fazer”, afirmou o reitor Ubaldo Cesar Balthazar.

(G1SC, 10/09/2018)

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