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Para o presidente da Santur, setores privado e público deveriam valorizar mais o turismo

Da Coluna de Estela Benetti (NSC, 27/07/2018)

Santa Catarina tem 426 meios de hospedagem com capacidade para atender visitantes do Brasil e exterior. Desses empreendimentos, 99,1% oferecem internet gratuita para os hóspedes, 80,5% contam com site de reservas, 81% têm empregados que falam inglês, 76,3% que falam espanhol e 17,3% contam com pessoas fluentes em alemão. Esses dados constam na primeira pesquisa Perfil do Setor Hoteleiro SC 2018, feita pela Fecomércio-SC em parceria com a Associação Brasileira de Hotéis (ABIH-SC), que abrangeu todo o Estado e foi divulgada ontem. Eles mostram que o setor está em sintonia com as principais demandas de visitantes conectados. O plano é fazer esse levantamento anual para ter dados que ajudem na tomada de decisão para investimentos.

A pesquisa incluiu hotéis, pousadas, hotéis fazenda, resort e outros. Do total de empreendimentos, 39,7% estão no Vale do Itajaí e litoral dessa região; 15% na Grande Florianópolis; 18,5% no Sul do Estado; 12,4% no Norte, 7,3% na Região Serrana e 7% no Oeste do Estado. Considerando por cidade, Florianópolis tem 10,6% do total de empreendimentos, seguida por Balneário Camboriú com 8,2%, Penha (7,3%), Imbituba (4,5%), Joinville (4%), Bombinhas (3,5%), Blumenau (3,3%), Lages (3,1%), São Bento do Sul (3,1%) e Chapecó (2,3%). Em média, cada equipamento tem 110 leitos, o que soma 47 mil no Estado. Cada hotel ou pousada emprega 20,6 pessoas, totalizando perto de 8,8 mil postos de trabalho diretos em Santa Catarina. As diárias médias mais caras estão na Capital, R$ 318 em média, e as mais baratas, no Oeste por R$ 163 e no Norte, R$ 172.

A pesquisa foi apresentada durante o Encatho & Exprotel, congresso e feira do setor encerrados ontem no Centrosul, em Florianópolis. Para o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, os dados mostraram que os empresários do setor hoteleiro estão de parabéns por atender bem os turistas que vêm ao Estado.

– É claro que temos que procurar melhorar os serviços todos os dias, mas os dados são confortadores. Temos também diversos hotéis em construção no Estado, especialmente em Chapecó – afirma Breithaupt.

O presidente da ABIH-SC, Osmar José Vailatti, diz que essa pesquisa é importante ao setor hoteleiro porque números mostram a realidade e, em cima desses dados, é possível tomar decisões de investimentos em reformas e outros.

– A pesquisa mostra a grandeza do setor no Estado, com diversos meios de hospedagem em todas as regiões. Na alta temporada, talvez temos as diárias mais caras do Brasil, mas é a força do nosso destino – diz Vailatti.

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