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MPF-SC pede reavaliação do sistema viário no entorno da UFSC

O MPF/SC (Ministério Público Federal) quer que o município de Florianópolis analise a situação das ruas no entorno do campus da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), no bairro Trindade. A análise deve ter parecer técnico e, se necessário, o município deverá instalar semáforos ou lombadas eletrônicas no local, além de realizar a manutenção das faixas de pedestres, dos equipamentos de segurança e das sinalizações existentes no sistema viário.

De acordo com o procurador da República Marcelo da Mota, que propôs a ação civil pública no dia 20 de julho, o objetivo é garantir o direito à segurança dos pedestres que transitam nas imediações da universidade. Mota ressalta que a natureza do objeto da ação é coletiva: “Trata-se de direito difuso, transindividual, de natureza indivisível, titulado por pessoas indeterminadas e ligadas por circunstância de fato”.

O inquérito civil, que originou a ação, apurou que o sistema viário existente não atende às necessidades decorrentes da intensa movimentação de pessoas que circulam pela região da UFSC. Segundo o MPF, diversos ofícios buscando uma solução para a falta de segurança dos pedestres foram encaminhados, mas não houve resposta satisfatória do município, o que levou ao ajuizamento da ação.

Em resposta aos problemas levantados pelo MPF, a Diope (Diretoria de Operações de Trânsito) informou, em ofício ao procurador, no dia 28 de fevereiro, que a equipe técnica faria uma visita ao local e efetuaria as sinalizações verticais e horizontais e de lombadas na avenida Desembargador Vitor Lima, e a pintura de novas faixas de pedestres, ainda no primeiro semestre. Conforme a assessoria de imprensa da prefeitura, essas ações foram executadas.

População reclama
Enquanto os trabalhos não acontecem, a população continua enfrentando problemas diários. Em época de férias nas escolas e na universidade, o número de ciclistas até diminui, mas o trânsito continua com intenso fluxo de pedestres, carros e motos.

A servidora da UFSC, Jenifer Maira Laube, que costuma circular nas imediações a pé e de carro, diz que se sente insegura. “Fico apreensiva quando estou a pé, demoro a atravessar porque é muito movimento de veículos. E as faixas de pedestre ficam muito próximas à rótula”, diz. “Quando estou de carro, presto ainda mais atenção ao tráfego porque é um trânsito muito intenso”, completa.

O enfermeiro Laureci Anicleto, que trafega de carro pelo entorno da UFSC com frequência, também enfrenta problemas. “Quando estou de carro e preciso fazer o retorno, demoro muito para entrar na rotatória, porque há muito fluxo de pedestres e as faixas ficam muito perto da rótula. Se elas [as faixas] ficassem mais distantes seria mais seguro até para os pedestres”, afirma.

Para Heleno Ernst, que trabalha com sistemas preventivos de incêndio, falta segurança para os portadores de deficiência e pessoas com dificuldade de locomoção. “A gente não tem muito problema porque consegue se locomover bem, mas os acessos para os deficientes estão horríveis”, aponta.

Willians Monteiro, estudante de línguas estrangeiras na UFSC, reclama da falta de manutenção nos semáforos e acredita que os motoristas deveriam trafegar com mais cuidado na rotatória da rua Lauro Linhares. “Poderiam colocar redutores de velocidade, como ‘tartarugas’ ou lombadas para tornar o local mais seguro para os pedestres”, avalia.

(Confira matéria completa em ND, 27/07/2018)

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