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Limpeza das pedras portuguesas no largo da Catedral de Florianópolis custou R$ 3 mil

As pedras portuguesas no Largo São João Paulo 2, à frente da Catedral Metropolitana de Florianópolis, amanheceram na quarta-feira (6) sem as marcas de tintas da manifestação realizada no dia 30 de maio. Tombado pelo patrimônio histórico do município, o calcadão de petit-pavé foi vandalizado por militantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e Intersindical, em manifestação em defesa da Petrobras, quando pintavam as faixas com palavras de ordem, no dia 30 de maio. A Comcap (Autarquia de Melhoramentos da Capital) estima que o prejuízo, sem contabilizar a mão de obra, chega a R$ 3 mil.

Em uma das fotos da manifestação aparece o vereador Afrânio Boppré (PSOL), que discursava para os manifestantes. Ele reafirmou que não compactua com o dano ao patrimônio público. “O que aconteceu foi um descuido, porque a tinta vazou o tecido da faixa e não um vandalismo como a imprensa tenta vender essa ideia. Quero reafirmar que passei no local e fiquei poucos minutos e, por isso, não sei quem são os responsáveis. Mesmo assim, acredito que quem cometeu o descuido deveria limpar”, disse.

A Procuradoria-Geral do Município registrou boletim de ocorrência na 1ª DP da Capital para apurar o dano ao patrimônio. Segundo o delegado Rodolfo Cabral, o inquérito policial deve apontar os responsáveis pelo dano. O inquérito policial na Polícia Civil tem prazo de 30 dias para ser concluído, mas pode ser prorrogado pelo mesmo período.

O presidente da Comcap, Carlos Alberto Martins, lamentou a falta de cuidado com o monumento da cidade. “Fizeram uma lambança com o nosso patrimônio histórico. Deslocamos 22 pessoas para trabalhar no local, que poderiam estar em outra região realizando diferentes serviços. O prejuízo estimado, sem contar a mão de obra, é de aproximadamente R$ 3 mil”, disse em entrevista à RICTV Record.

Segundo a Comcap, os funcionários trabalharam no local em dois turnos, por mais de cinco horas e utilizaram 8.000 litros de água. Além de solvente, gasolina e limpa obra, a empresa gastou dez litros do removedor solupan, que é um desengraxante, para retirar as marcas de tinta.

(ND, 07/06/2018)

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