O diretor da FloripAmanhã e representante do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) no Conselho Municipal de Saneamento e membro da Comissão Organizadora, Carlos Leite, explica que a Conferência está servindo para avaliar o Plano Municipal de Saneamento e as metas estabelecidas nele.
“Estamos na fase de compilação das propostas apresentadas no Plenário”, assinala Leite. Ele explica que nos dias 6 e 7 de junho será realizada uma reunião junto com o Congresso Catarinense de Saneamento (Concasan), no Centro de Eventos Luiz Henrique da Silveira, para expor todos essas propostas.
O superintendente de Habitação e Saneamento, Lucas Barros Arruda, pontua que, com a Conferência Municipal de Saneamento está sendo possível discutir o planejamento de longo prazo do saneamento da cidade. “A pauta é sobre o Plano de Saneamento, no qual serão planejados os próximos 20 anos, sendo que este é um excelente momento onde a sociedade pode participar da política municipal”, analisa Arruda. Por isso, esse material precisava ser revisado e a oportunidade é fazer essa revisão durante a Conferência. Segundo o superintendente, trata-se de um processo de controle social, participação social e de transparência, por parte da prefeitura de suas atividades.
Arruda destaca ainda que “está sendo uma experiência positiva, de engajamento da sociedade. Temos a certeza de que a questão do saneamento entrou na agenda das comunidades, que puderam entender que esse assunto tem relação direta com as suas vidas”, alivia o superintendente.
Para o diretor da FloripAmanhã essa discussão foi muito produtiva. “Tivemos algo em torno de 60 delegados habilitados para votar, sendo que Florianópolis tem 450 mil habitantes. Embora a quantidade seja pequena, a representatividade é importante”. Carlos Leite cita que as entidades participantes foram: FloripAmanhã, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Sinduscon e Associações de Moradores.
Segundo o superintendente de Habitação e Saneamento, Lucas Barros Arruda, atualmente Florianópolis conta com 60% de redes de esgoto disponíveis. “Nos próximos quatro anos queremos aumentar para 75%”, prevê Lucas.
A expectativa é que os seguintes bairros sejam atendidos em curto prazo: os da Orla Oeste (Cacupé, Sambaqui, Santo Antônio, João Paulo, Saco Grande e Monte Verde), os do Sistema Novo (quase todo o Campeche e Rio Tavares) e a Parte Central (Região do bairro Itacorubi).
Durante a II Conferência Municipal de Saneamento de Florianópolis estão sendo discutidos os quatro eixos do saneamento: o esgoto, a água, os resíduos sólidos e a drenagem.
Na avaliação do superintendente de Habitação e Saneamento de Florianópolis a questão do esgoto é a principal e, em seguida, a dos resíduos sólidos. “É necessário migrar para um novo modelo de coleta de resíduos, no qual se possa fazer a reutilização dos materiais”, disse Lucas Barros Arruda. Ele conta que, a intenção é migrar para um modelo mais moderno, podendo assim, garantir o aumento dos índices de reciclagem.
“Para isso é preciso fazer investimentos, como, por exemplo, para se criar uma usina de reciclagem. Seria um local de valorização de resíduos, tanto para resíduo seco, quanto para orgânico”, explica.
Segundo Lucas, hoje em Florianópolis se recicla 7% do total de resíduos gerados, sendo que, a intenção, é definir um modelo mais arrojado e buscar números melhores para a cidade.
“O foco agora é buscar financiamentos para pagar os investimentos iniciais. Estamos na etapa de captação de recursos”, revela o superintendente de Habitação e Saneamento, que estima dois anos para a implantação deste novo circuito.
A Conferência Municipal de Saneamento de Florianópolis está servindo como um canal de votação das proposições da comunidade sobre Plano Municipal de Saneamento, explica o superintendente Lucas Barros Arruda.
“Na Conferência a comunidade expõe o que gostaria de mudanças na legislação ou no planejamento apresentado; depois disso, o Plano volta para a Prefeitura valorar. Encerra-se com a revisão, que será o planejando futuro para o saneamento no município”, detalha o superintendente. De acordo com ele, o prazo para a Prefeitura fazer a finalização do Plano e apresentar em Audiência Pública, é estimado em algo em torno de 90 dias. Mas, a apresentação final deve ser feita em novembro, depois das eleições.
Outro assunto que veio à tona durante a Conferência, foi a universalização do serviço de coleta de água da chuva. Isso porque, tal serviço, não está instituído em Florianópolis. Na opinião do superintendente de Habitação e Saneamento, ainda não se tem a cultura de se encarar esse serviço como essencial. Por isso, é importante trazer para debate a questão do manejo de água da chuva.
“Quase a totalidade das casas em Florianópolis já têm água encanada, mas precisamos dar mais importância para a drenagem, e mostrar o quanto isso tem vínculo direto com balneabilidade”, argumenta.
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1 Comentário
Lamentável não ver o Sul da Ilha na região do Ribeirão da Ilha, contemplado, bairro este responsável por grande parte de ostras e mexilhões da nossa cidade, além da vila gastronômica, gerando emprego e renda para seus habitantes. A rede coletora esta pronta desde 2006, passados doze anos e nada funciona.