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Mercado Público é tema de Exposição

É impossível passar pelo centro de Florianópolis e não se impressionar com a beleza, grandiosidade e encantos do Mercado Público. Localizado no coração da cidade, o prédio preserva e reflete não apenas a história do Município, mas integra as lembranças do povo que mora ou visita a Ilha.

Do alto das torres, o Mercado Público testemunhou o crescimento e desenvolvimento da cidade, recebeu e acolheu centenas de milhares de pessoas, além de ser palco de diversos acontecimentos. Por anos, foi o centro comercial da cidade, simultaneamente foi tornando-se o ponto de encontro mais especial da Ilha, para então consolidar-se como peça fundamental da cultura, da arte e da história de Florianópolis.

A partir de quarta-feira, 10 de janeiro, o prédio que já recebeu tantos eventos abre suas portas para uma exposição que tem como tema o próprio Mercado. A mostra “Mercado, Artes e Afetos” reúne um conjunto variado de obras composto, principalmente, de representações do patrimônio cultural de Florianópolis, sua arquitetura, costumes, gastronomia.

Organizada por Marcelo Seixas, a exposição coletiva apresenta fotografias, esculturas, pinturas de 13 artistas associados da ACAP – Associação Catarinense dos Artistas Plásticos – cujos trabalhos apresentados são das mais variadas tendências, técnicas e poéticas. O acervo combina trabalhos inéditos desenvolvidos especialmente para a exposição, além de obras particulares dos expositores.

De acordo com o organizador Marcelo Seixas, por meio das artes evidencia-se uma diversidade de relações afetivas estabelecidas, sempre de maneira fragmentada, entre os protagonistas e o espaço expositivo e, por extensão, com a cidade, o patrimônio cultural, a memória.

A exposição “Mercado, Artes e Afetos” abre quarta-feira, 10 de janeiro, às 19h na Galeria de Artes do Mercado Público. A visitação é gratuita e acontece de 11 de janeiro a 17 de fevereiro, de segunda a sexta-feira, das 13h às 19h e aos sábados, das 10h às 14h.

História do Mercado 

Patrimônio artístico, histórico e arquitetônico de Florianópolis, entre os séculos XVII e XIX, o Mercado Público era o ponto de entrada da cidade e, por isso mesmo, ponto de encontro e de comércio, onde pescadores, oleiros, colonos comercializavam diversos produtos e abasteciam os navios que passavam pela região.

Em 1848 foi aprovada a primeira lei que estabelecia a construção de um Mercado adequado para abrigar os comerciantes e compradores. O edifício ficaria localizado no Largo do Palácio. No entanto, devido a dificuldades financeiras, a obra ficou paralisada e três anos mais tarde, em janeiro de 1851, a construção do Mercado foi concluída e inaugurada.

Com o passar dos anos o local ficou pequeno para a quantidade de comerciantes e em 1891 foi entregue o segundo galpão do Mercado, ao lado do primeiro. Por causa de problemas higiênicos que os comerciantes já enfrentavam quando atuavam em barraquinhas nas ruas, foi necessária a construção de uma outra edificação.

O novo prédio foi inaugurado em 05 de fevereiro de 1899 com uma estrutura mais adequada para comerciantes e população. Em janeiro de 1931 foi aberta a Ala Sul do Mercado Público destinada exclusivamente para a venda de carnes e pescados.

Na década de 80 o local foi protagonista de diversos acontecimentos, como a criação da Associação dos Comerciantes e Varejistas do Mercado Público e o tombamento do prédio como patrimônio histórico municipal. Além disso, passou por uma grande reforma concluída em 1988.

Mas, em 19 de agosto de 2005, a edificação foi significativamente abalada após um forte incêndio se alastrar pela Ala Norte do Mercado que precisou ser totalmente reformada. Em 2013 novamente o local passou por obras que foram finalizadas em agosto de 2015.

Apesar dos tantos acontecimentos e das tantas obras, foram conservados os conceitos arquitetônicos originais do prédio, além de serem mantidas as demais características como principal ponto de encontro da cidade e como o local que abriga a cultura, as tradições, a gastronomia, o melhor de Florianópolis.

(PMF, 09/01/2018)

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