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Começa o serviço de mapeamento de risco nos municípios catarinenses

O serviço de mapeamento das áreas de risco nos municípios começou em Santa Catarina. Na terça-feira, 16, técnicos da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) estão em campo para coletar dados para o trabalho de prevenção. O serviço foi contratado pela Secretaria de Estado da Defesa Civil SC por meio de um convênio com a companhia. O valor total é de R$ 4.712.596,00 e a atividade deve durar 18 meses.

O serviço produzido pelos profissionais resultará no mapeamento completo do Estado tanto para setorização de risco quanto para a suscetibilidade a movimento de massa e inundação. É um fato inédito para Santa Catarina e o Brasil, como afirma o secretário adjunto da Defesa Civil SC, Fabiano de Souza. “Não existe nenhum Estado no Brasil que tenha o território completo estadual com esses produtos”, destaca.

A chefe da Divisão de Geologia Aplicada da CPRM, Sandra Fernandes da Silva, diz que o mapeamento vai caracterizar o comportamento do Estado frente ao perigo. “Facilita muito a gestão do desastres. O gestor público vai saber exatamente as regiões que deve evitar no município para não perder vidas e materiais”, explica.

As equipes serão distribuídas em três grandes áreas. Duas equipes para a Grande Florianópolis e Sul do Estado; cinco equipes em Chapecó para trabalhar no Planalto e Oeste; e em Joinville também há equipes da CPRM para atuar no Litoral Norte, Planalto Norte e parte do Vale do Itajaí.

Serviços realizados durante o mapeamento

– Setorização de risco geológico alto e muito alto frente a movimentos de massa e eventos destrutivos da natureza geológica, em nível muito alto e alto, para 185 municípios;

– Elaboração de pré-cartas de suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa e eventos de natureza hidrológica (enchentes, inundação e enxurrada, em 238 municípios;

– Mapeamento de perigo de acordo com os aspectos metodológicos preconizados no manual de mapeamento do Projeto Gides para 5 municípios pilotos (Braço de Norte, Santo Amaro da Imperatriz, Guaramirim, Rio do Sul e Herval do Oeste);

– Elaboração de cartas finais de suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa e eventos de natureza hidrológica (enchente, inundação e enxurrada) para 40 municípios.

Saiba mais

Setorização de Risco: mapa com mais detalhes onde já existe risco definido.

Carta de suscetibilidade a movimento de massa e inundação: serve para verificação de aptidão para a urbanização do município, elaborar o plano diretor.

Projeto Gides: Projeto de Fortalecimento da Estratégia Nacional de Gestão Integrada de Riscos e Desastres numa parceria entre Brasil e Japão. Tem como objetivo reduzir os riscos de desastres geológicos através de medidas preventivas não estruturais. Os principais resultados são melhoria dos sistemas de avaliação e mapeamento de riscos, previsão e alerta e também o planejamento urbano na atuação de prevenção de desastres.

Utilidade na prevenção

Os produtos servem como base para o município planejar o crescimento de forma preventiva e diminuir os riscos de desastres naturais. Pode ser usado para realizar um plano de redução de risco; área prioritária do município; local recomendado para investir numa obra de infraestrutura de redução de risco; fundamental para os planos diretores municipais.

Utilidade na resposta

Com relação à resposta, o mapeamento é direcionado onde já existe risco. Ele dá suporte para elaborar o plano de contingência municipal mais seguro e também auxilia para a emissão de alertas.

As informações são da Assessoria de Comunicação do Governo do Estado.

(Deolhonailha, 16/01/2018)

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