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Falta de manutenção afasta público do TAC e Teatro da Ubro

Da Coluna de Carlos Damião (ND, 18/12/2017)

Temporada chegando, a cidade já cheia de turistas, e pelo menos dois equipamentos culturais de Florianópolis em pandarecos. O Teatro da Ubro (do município) e o Teatro Álvaro de Carvalho (do Estado) apresentaram problemas sérios no fim de semana, durante apresentações. No primeiro caso, um problema na rede elétrica que causa sobrecarga e impede, por exemplo, que a iluminação e o ar-condicionado funcionem ao mesmo tempo. No segundo, e mais uma vez, o ar-condicionado parou de funcionar, transformando aquele centenário espaço numa verdadeira sauna cultural. “Passam-se os anos e os problemas são os mesmos: manutenção pública dos edifícios destinados ao fazer artístico… pra quê?”, escreveu-me um artista sobre a situação do TAC, relatando que o defeito ocorreu há duas semanas e até agora ninguém tomou providências. No caso da Ubro, o mais interessante (ou irritante) é que teatro tinha sido alugado para uma escola de dança, ou seja, o município cobrou pelo uso e não ofereceu as mínimas condições técnicas e de segurança.

Equipamentos culturais abandonados ou desprezados pelo poder público ou por empresas estatais nem constituem grande novidade. O Museu do Saneamento, ao lado do Terminal Cidade de Florianópolis, virou um exemplo do descaso com o patrimônio e a memória. A Casan deveria responder legalmente por ter deixado o museu (antigo mictório público) ser sucateado.

É verdade que cultura não dá voto, mas não custa prestar atenção nos equipamentos e promover uma revisão periódica. Arrumar um ar-condicionado nem é tão caro assim, é mais uma questão de vontade e capricho. E o sistema elétrico do Teatro da Ubro é a mesma coisa: um eletricista é capaz de, a preços módicos, consertar o que não funciona. A cidade agradece e os turistas podem ter mais alternativas para frequentar, muito além dos shoppings.

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