Da Coluna de Moacir Pereira (DC, 13/12/2017)
Idealizador, construtor e presidente do Costão do Santinho, empresário Fernando Marcondes de Mattos comemora hoje 79 anos reunindo autoridades e convidados, às 18h, para duas outras celebrações: os 26 anos do empreendimento e o lançamento do livro “A Cozinha do Costão”, escrito em parceria com a esposa, Iolanda, com projeto gráfico de Clóvis Medeiros, fotos de Marcos Quint e participação de Glauber Baldez do Canto.
Quais são os novos projetos?
Estamos lutando para incorporar um cassino aos equipamentos do Costão do Santinho. A lei autorizativa deverá ser aprovada. Estamos nos candidatando. Será uma disputa muito grande pela instalação. As grandes redes de Las Vegas, gente de Macau e de Portugal é que vão comandar este processo. Eles é que vão dizer sobre interesse em montar um cassino em Florianópolis. Em Santa Catarina temos dois lugares: Florianópolis e Balneário Camboriú. Eu já estive em Las Vegas em contato com três grandes grupos, cada um deles com 15 a 20 cassinos.
Quais são os dois maiores problemas do turismo em Florianópolis?
Segurança e poluição. Nossa matéria prima é o mar. É nossa mina de ouro. Se tivermos poluição, acabou. Felizmente, temos a reversão desse processo com várias ações da Casan, que está surpreendendo. Aqui mesmo em Ingleses e Santinho, que dávamos como perdidos, teremos saneamento dentro de um ano, um ano e meio. A despoluição da Baía Norte é outro fato relevante. Considero tão importante como a recuperação da Ponte Hercílio Luz. Vai desencadear um processo novo de aproveitamento náutico.
De que forma?
Com a instalação de equipamentos náuticos. O maior desafio de Florianópolis hoje é implantar empreendimentos no mar. Começar com marinas, oficinas, formação de mão de obra. Estaleiros já temos os melhores do Brasil. Atrai a elite do turismo, gerando empregos, elevando a receita pública e multiplicando bares, pousadas, restaurantes etc.. Florianópolis tem tudo para virar uma estrela mundial. O problema é que estamos atolados nas dificuldades e não enxergamos a Ilha como uma estrela internacional.
O senhor falou em segurança…
A segurança poderá ser um desastre para Florianópolis se não for controlada. Está aí o Rio de Janeiro, a cidade mais bonita do mundo e, acabou o turismo. É insegurança e bala por todo lado. Florianópolis já tem 30% dos assassinatos de Santa Catarina. Isto é terrível. E a solução não virá só do poder publico. Será fundamental a participação da sociedade civil, com mil ações.
E a mobilidade?
Creio que a mobilidade vai ser um caos, com um milhão de turistas na cidade. Mas não haverá colapso. Vamos perder 30% dos turistas e da classe mais importante. Há muitas soluções baratas que desafogariam os congestionamentos. É preciso mais ação do poder público. Refúgio para ônibus ajudaria. Hoje tem parada de ônibus na faixa central, o que é uma verdadeira aberração. Se medidas forem tomadas, Florianópolis vira estrela mundial em base em dois pilares: turismo e alta tecnologia, duas indústrias limpas.
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