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Despoluição da Beira-Mar Norte passa por conter poluição de canais de drenagem

Da Coluna de Rafael Martini (DC, 14/10/2017)

Desde o anúncio pela prefeitura e Casan do projeto de despoluição da orla da Beira-Mar Norte, as redes sociais têm sido pródigas em críticas à proposta. Faltou destacar que a origem da proposta de atacar diretamente a poluição emitida nos canais de drenagem da Beira-Mar se deu a partir de análises coletadas desde janeiro. Os técnicos da Casan identificaram que a concentração de coliformes fecais se dá muito acima dos níveis toleráveis logo que a água desemboca das galerias pluviais.

Só que apenas 200 metros mar adentro, mesmo sem nenhum tratamento como ocorre hoje, os níveis já baixam para valores mais razoáveis. Logo, o bombeamento desta água na boca das galerias para uma unidade de recuperação é a ideia mais em conta e de perspectiva de resultados a curto prazo para este velho problema.

Aliás

No canal de drenagem da Beira-Mar que vem da Avenida Mauro Ramos, por exemplo, foram identificados 7,7 milhões de coliformes fecais por 100 mililitros de água a um metro de profundidade, na saída da galeria. A 200 metros de distância em linha reta, este índice já baixa para 1,4 mil. No canal de drenagem existente na frente do Koxixo’s a poluição é ainda maior. São 19 milhões de coliformes fecais para cada 100 mililitros de água, baixando para 1,3 mil na medição a duas centenas de metros da saída da galeria.

Enquanto isso…

Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambienta, Conama, de 1984, fixa em 800 coliformes fecais por 100 mililitros limite máximo tolerável para a prática o chamado contato secundário, leia-se o velho e bom mergulho. Certeza mesmo é que deixar do que jeito que está a Beira-Mar é que não dá.

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