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PIB, investimentos e projeção para o Estado

Da Coluna de Estela Benetti (DC, 02/09/2017)

A alta de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país no segundo trimestre deste ano em relação ao primeiro, conforme os dados do IBGE divulgados nesta sexta-feira, mostra que o Brasil teve um resultado um pouco maior do que o zero a zero que o mercado esperava, mas segue sofrendo os impactos da recessão. A baixa expansão ainda reflete a crise profunda anterior, mas principalmente a crise política, problema que continua este ano e pode se acentuar no ano que vem, um período de incertezas devido à eleição presidencial de outubro.

Entre os números do PIB do segundo trimestre, o que preocupa mais é a nova queda da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – que inclui crescimento dos setores de máquinas e equipamentos e construção civil – pela qual é medida a taxa de investimento. A FBCF caiu 0,9% no primeiro trimestre e no segundo recuou 0,7%. Por isso a taxa de investimento ficou em apenas 15,5% do PIB.
A propósito, a FBCF está em queda desde o primeiro trimestre de 2014, retratando a profundidade e extensão da recessão. O pior recuo foi de 8,5% no segundo trimestre de 2015. O investimento é importante porque só ele vai dar base para uma retomada consistente do crescimento econômico, com maior geração de empregos.

Enquanto o Brasil segue com um pibinho, os dados de Santa Catarina são mais animadores. As secretarias de Estado de Planejamento e Fazenda projetam alta de 1% para o PIB de SC este ano e de 3% no ano que vem em função do maior ritmo de atividade econômica local. O Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR-SC), medido pelo Banco Central e considerado uma prévia do PIB, cresceu em Santa Catarina 2,63% no primeiro semestre, enquanto no Brasil avançou bem menos no mesmo período, 0,11%. Outro dado catarinense importante é que apesar de todas as dificuldades, 53,4% das indústrias de SC planejam investir este ano, segundo pesquisa feita pela Fiesc, a federação do setor.

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