Cidades de Santa Catarina despertam para a economia criativa

Da Coluna de Estela Benetti (DC, 08/08/2017)

Bem informadas e conectadas, mais pessoas estão mudando hábitos de consumo e buscando carreiras que impactam menos o meio ambiente e melhoram a qualidade de vida. Isso tudo está nas opções de economia criativa, que geram serviços e produtos que melhoram a renda de forma mais consistente.

Florianópolis é uma das cidades catarinenses com vocação para avançar nesse tipo de economia e a Associação Comercial e Industrial (Acif) está trabalhando para impulsionar essa mudança, afirma o presidente da entidade, Luciano Pinheiro. Segundo ele, esse é um trabalho coletivo, por isso a Acif não tem a pretensão de ser a única nesse processo.

Para Pinheiro, esta é uma das prioridades para acelerar o desenvolvimento de Florianópolis paralelamente à melhoria de condições para fazer negócios. Empreendedores da cidade não podem mais enfrentar mais de 100 dias de espera para abrir uma empresa, alerta ele.

Quanto à economia criativa, além do setor de tecnologia, já consolidado, a Acif vê potencial para a cidade avançar na produção de cinema, design, arquitetura e outras. Um ponto forte na Capital é o conhecimento. A cidade tem o maior número de mestres e doutores proporcionalmente à população do Brasil.

– Vamos tentar entender todas as iniciativas na área de economia criativa e ajudar a cidade a descobrir suas vocações. Temos que envolver as universidades e outras instituições – afirma Pinheiro.

Entre os municípios de SC que também se empenham em avançar na economia criativa estão Joinville e Palhoça. Entre as apostas dos empreendedores joinvilenses está o setor de internet industrial, também conhecida como internet das coisas ou indústria 4.0. A cidade sedia a Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII) e diversas indústrias tradicionais estão com tecnologias nessa área. Por meio do Join.Valle, o município incentiva jovens a desenvolverem soluções tecnológicas.

Em Palhoça, a cidade privada Pedra Branca foca economia criativa ao atrair empresas de tecnologia e contar com o modelo de cidade mais sustentável do país. Há mais iniciativas em outras cidades. O fato é que o Estado tem potencial para ser o número um em economia criativa. Basta apoiar e desenvolver essas iniciativas.