Arquiteto apresenta projeto inovador para habitações populares no Maciço do Morro da Cruz

O fácil acesso à escola, a rua pavimentada, centro de saúde, áreas de lazer, transporte público de qualidade, emprego. Quando se lançou na missão de preparar um projeto de habitações populares no Alto da Caieira, no Maciço do Morro da Cruz, o arquiteto Umberto Violatto Sampaio, 27, não economizou nos detalhes. “Não é só o objeto que é importante. Precisamos entender a arquitetura como parte da cidade, na diminuição das desigualdades e, sobretudo, no direito à moradia, que por mais que muita gente esqueça é um direito de todo cidadão”, dispara.

O projeto que prevê a construção de 208 unidades habitacionais com 52 m² foi apresentado na conclusão do curso Arquitetura e Urbanismo da Ufsc (Universidade Federal de Santa Catarina) e defendido em março deste ano. No trabalho, intitulado “Habitação e Direito à Cidade no Alto da Caieira”, Violatto prioriza a vida comunitária, a relação dos moradores com o bairro e, sobretudo, com o meio ambiente.

A proposta faz um contraponto ao projeto da Prefeitura de Florianópolis, que prevê a construção de 192 unidades habitacionais de 48 m² em blocos de edificações independentes, que segundo o arquiteto foi elaborado “apenas para cumprir com a construção das moradias”, sem priorizar a relação entre os moradores e a construção.

A construção das habitações estava prevista inicialmente nas obras do PAC do Maciço, que até o momento já entregou 91 das 438 unidades previstas. Agora, a proposta do governo federal é de que as moradias sejam financiadas através do programa Minha Casa, Minha Vida, a um custo médio de R$ 15 milhões.

Leia na íntegra em  Notícias do Dia Florianópolis, 26/06/2017.