A OAB anunciou, na tarde desta quinta-feira, que está disposta a intermediar uma reunião entre os representantes da prefeitura de Florianópolis e do sindicato dos servidores municipais, o Sintrasem, para tratar sobre a greve da categoria, que já está paralisada há 24 dias. O encontro, que já foi aceito pelo Executivo, está marcado para às 9h desta sexta-feira, na sede da entidade, localizada na Beira-Mar Norte.
Conforme a assessoria da prefeitura, o prefeito Gean Loureiro não irá ao encontro, no entanto, os secretários de Administração, Casa Civil, Fazenda e Procuradoria vão representar oficialmente a prefeitura nas negociações. A reportagem tenta contato com representantes do sindicato desde o começo da tarde, mas nenhuma ligação foi atendida.
Porém, de acordo com o presidente da OAB-SC, Paulo Brincas, o sindicato teria recusado o convite de participar da reunião afirmando que, conforme foi decidido em assembleia, a categoria só irá iniciar negociações caso o prefeito revogue as leis já aprovadas na Câmara durante a tramitação do chamado pacotão de medidas.
Questionado se o encontro será mantido mesmo com a negativa por parte do Sintrasem, o presidente da OAB garantiu que estará na entidade no horário marcado e também no restante do dia, caso o sindicato reavalia a posição e opte por comparecer. Brincas garantiu que está disposto a ajudar:
— Como todo mundo estamos preocupados com a situação e tentando ajudar de alguma forma para que as partes conversem e entrem em acordo com uma negociação. Eu pedi para que o prefeito, ou os representantes, não venham com uma posição de radicalismo, para virem preparados para de fato negociar, flexibilizar e tentar um denominador — explicou Brincas.
Justiça mantém ilegalidade da greve
Na quarta-feira à tarde, a desembargadora Vera Copetti, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), negou o pedido do sindicato que pedia a reversão da decisão que declarou a ilegalidade da greve na Capital. Com isso, a paralisação segue declarada ilegal pela Justiça. A desembargadora também afirmou na decisão que as reivindicações dos grevistas têm cunho político e não podem ser analisadas pelo Judiciário.
A continuidade da paralisação mesmo com a declaração de ilegalidade levou o procurador geral da prefeitura, Diogo Pitsica, a pedir a prisão dos diretores do sindicato, a destituição da diretoria e intervenção, para restabelecimento da ordem constitucional. Até está quinta-feira ainda não há uma decisão sobre esse pedido. Os responsáveis pelo sindicato também não foram localizados para comentar essas decisões.
(Diário Catarinense, 09/02/2017)
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